A POLIFARMÁCIA EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Veridiana Catelan Mainardes, Flavia Cristina Busch Boregas, Sandra Cristina Catelan-Mainardes, Mirian Ueda Yamaguchi, Rute Grossi-Milani

Resumo


A polifarmácia representa um problema importante no atendimento do idoso, entretanto, os pacientes em instituições de longa permanência (ILP) mostram riscos aumentados, por apresentarem muitas doenças limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Objetiva-se, com o presente estudo, caracterizar o uso de medicamentos em idosos internados em uma instituição de longa permanência e identificar a presença de polifarmácia. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com abordagens qualitativa e quantitativa, realizada no contexto de uma ILP, em município ao norte do estado do Paraná, sul do Brasil. Procedeu-se a análise de prontuários com enfoque na história clínica prévia e uso de medicamentos pela população em estudo. A casuística final constituiu-se de 30 pacientes; 66,7% mulheres e 70% com idade superior a 80 anos. 93,4% faziam uso de ao menos um medicamento, e 53,2% da polifarmacoterapia. Conclui-se que o uso de medicamentos em polifarmácia é uma realidade entre os idosos, necessitando de critérios e cautela, a fim de promover a melhora na qualidade de vida do idoso.

 

Palavras chave: Idosos. Polifarmácia. Promoção da Saúde. Instituição de Longa Permanência.


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DOI: https://doi.org/10.22408/reva702022522e-7027

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