FATORES DETERMINANTES DA POLIFARMÁCIA ENTRE IDOSOS RESIDENTES EM UM GRANDE CENTRO URBANO DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva6020211027167-182Resumo
Os idosos frequentemente utilizam diversos medicamentos concomitantemente, que podem prejudicar sua qualidade de vida, causando mais danos do que benefícios. O artigo visou investigar a prevalência de polifarmácia em idosos residentes em um grande centro urbano e sua associação com doenças crônicas, perdas funcionais, indicadores demográficos e socioeconômicos. Realizou-se um estudo transversal de uma coorte de 1002 idosos na cidade de São Paulo, em 2008, com idade igual ou superior a 60 anos. Verificou-se a associação entre a polifarmácia e as variáveis independentes, utilizando modelos de regressão logística com abordagem hierárquica, adotando significância de 5%. A maioria dos idosos eram mulheres (67,2%), média de idade de 73 anos, apresentavam de quatro a sete doenças crônicas (38,5), faziam uso de 4,8 medicamentos (DP 3,0) e 50,0% praticavam polifarmácia. Associações estatisticamente significativas para polifarmácia foram identificadas: sexo feminino; não exercer atividade remunerada; com quatro a sete doenças crônicas e sete ou mais atividades de vida diária comprometidas. Nota-se que a identificação dos fatores associados à prática da polifarmácia é imprescindível para a promoção de uma abordagem multiprofissional com ações integradas e humanizadas na atenção à saúde do idoso, incluindo o uso racional de medicamentos e o monitoramento da polifarmácia em idosos.
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