COMUNIDADE MICORRÍZICA EM ARBÓREAS NATIVAS APLICADAS NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR PINUS TAEDA L

Autores

  • Lídia Klestadt Laurindo Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas, Programa de Pós-Graduação em Ecossistemas Agrícolas e Naturais. Bolsista PIBIC/CNPq
  • Tancredo Souza Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Solos e Engenharia Rural, Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo. Professor externo, bolsista PNPD/Fapesq-PB
  • Lucas Jónatan Rodrigues da Silva Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas, Programa de Pós-Graduação em Ecossistemas Agrícolas e Naturais. Bolsista FAPESC
  • Gislaine dos Santos Nascimento Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Solos e Engenharia Rural, Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo. Bolsista CAPES

DOI:

https://doi.org/10.22408/reva802023113415-24

Resumo

Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são simbiontes obrigatórios que desempenham importante papel no desenvolvimento de espécies arbóreas em áreas degradadas. Objetivou-se caracterizar a comunidade de FMAs presentes no solo rizosférico de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Ilex paraguariensis A.St.-Hil, Mimosa scabrella Benth, ecossistema natural e área de regeneração natural presentes em um sistema agroflorestal (SAF) voltado a recuperação de uma área degradada por Pinus taeda L. Para a caracterização dos FMAs, foram coletadas 60 amostras de solo distribuídas em três parcelas de 500 m2 localizadas em cada ambiente de estudo. Foram observadas diferenças significativas quanto ao índice de Shannon (F = 2,98, p < 0,05), com os maiores e menores valores para a área de regeneração natural e ecossistema natural, respectivamente. G. gigantea foi considerada como uma espécie rara e bioindicadora de recuperação dos ambientes de estudos. Concluiu-se que é necessário maior tempo de regeneração para o SAF avaliado apresentar as características ideais para a comunidade micorrízica, porém, a presença da espécie M. scabrella se mostrou importante como promotora da diversidade de FMAs.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALGUACIL, M. M.; LUMINI, E.; ROLDÁN, A.; SALINAS-GARCIA, J. R.; BONFANTE, P.; BIANCIOTTO, V. The impact of tillage practices on arbuscular mycorrhizal fungal diversity in subtropical crops. Ecological Society of America, v. 18, n. 2, p. 527-536, 2008. https://doi.org/10.1890/07-0521.1

ALLEN, E. B.; RINCÓN, E.; ALLEN, M. F.; PÉREZ-JIMENEZ, A.; HUANTE, P. Disturbance and seasonal dynamics of mycorrhizae in a tropical deciduous forest in México. Biotropica, v. 30, n. 2, p. 261-274, 1998. https://doi.org/10.1111/j.1744-7429.1998.tb00060.x

AL-QARAWI, A. A.; MRIDHA, M. A. U.; DHAR, P. P. Report of Funneliformis mosseae (Nicol. & Gerd.) Gerd. and Trappe from rangeland soil of Saudi Arabia, Research Journal of Biotechnology, v. 8, n. 1, p. 96–99, 2013.

ANTONIOLLI, Z. I.; FACELLI, E.; O’CONNOR, P.; MILLER, D.; OPHEL-KELLER, K.; SMITH, S. E. Spore communities of arbuscular mycorrhizal fungi and mycorrhizal associations in different ecosystems, south Australia. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, n. 3 p. 627-635, 2002. https://doi.org/10.1590/S0100-06832002000300007

BARBOSA, J., SILVA, K. C. R.; CARDUCCI, C. E.; SANTOS, K. L.; KOHN, L. S.; FUCKS, J. S. Atributos Físico-hídricos de um Cambissolo Húmico Sob Sistema Agroflorestal no Planalto Catarinense. Floresta e Ambiente, v. 24, p. 1-9, 2017.

BARBOSA, M. V.; PEDROSO, D. F.; PINTO, F. A.; SANTOS, J. V.; CARNEIRO, M. A. C. Arbuscular mycorrhizal fungi and Urochloa brizantha: symbiosis and spore multiplication. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 49, e54530. Epub August 15, 2019. https://doi.org/10.1590/1983-40632019v4954530

BERGOTTINI, V. M.; HERVÉ, V.; SOSA, D. A.; OTEGUI, M. B.; ZAPATA, P. D.; JUNIER, P. Exploring the diversity of the root-associated microbiome of Ilex paraguariensis St. Hil. (Yerba Mate). Applied Soil Ecology, v. 109, p. 23–31, 2017. https://doi.org/10.1016/j.apsoil.2016.09.013

BERUDE, M. C.; ALMEIDA, D. S.; RIVA, M. M.; CABANÊZ, P. A.; AMARAL, A. A. Micorrizas e sua importância agroecológica. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 22, p. 132-146, 2015.

CALDEIRA, M. V. W.; MARQUES, R.; SOARES, R. V.; BALBINOT, R. Quantificação de serapilheira e de nutrientes – Floresta Ombrófila Mista Montana – Paraná. Revista Acadêmica, v. 5, n. 2, p. 101-116, 2007. https://doi.org/10.7213/cienciaanimal.v5i2.9720

CARRENHO, R.; BONONI, V. L. R.; BARBOSA, L. M. Glomales em áreas de recomposição de mata ciliar de Moji-Guaçu, SP, Brasil. Hoehnea, v. 24, n. 1, p. 107-113, 1997.

CARRENHO, R.; TRUFEM, S. F. B.; BONONI, V. L. R. Fungos micorrízicos arbusculares em rizosferas de três espécies de fitobiontes instaladas em área de mata ciliar revegetada. Acta Botanica Brasilica, v. 15, n. 1, p. 115-124, 2001. https://doi.org/10.1590/S0102-33062001000100011

DANDAN, Z.; ZHIWEI, Z. Biodiversity of arbuscular mycorrhizal fungi in the hot-dry valley of the Jinsha River, southwest China. Applied Soil Ecology, v. 37, n. 1-2, p. 118–128, 2007. https://doi.org/10.1016/j.apsoil.2007.06.003

de AQUINO, A. M. Fauna do solo e sua inserção na regulação funcional do agroecossistema. In: de AQUINO, A. M.; ASSIS, R. L. (Ed.). Processos biológicos no sistema solo-planta: ferramentas para uma agricultura sustentável. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, p. 47 – 76. 2005.

de NOVAIS, C. B.; SBRANA, C.; JESUS, E. C.; ROUWS, L. F. M.; GIOVANNETTI, M.; AVIO, L.; SIQUEIRA, J. O.; SAGGIN JÚNIOR, O. J.; SILVA, E. M. R.; FARIA, S. M. Mycorrhizal networks facilitate the colonization of legume roots by a symbiotic nitrogen-fixing bacterium. Mycorrhiza, 2020. https://doi.org/10.1007/s00572-020-00948-w

de SOUZA, T. A. F.; RODRIGUEZ-ECHEVERRÍA, S.; ANDRADE, L. A.; FREITAS, H. Could Biological invasion by Cryptostegia madagascariensis alter the composition of the arbuscular mycorrhizal fungal community in semi-arid Brazil? Acta Botanica Brasilica, v. 30, n. 1, p. 93-101, 2016. https://doi.org/10.1590/0101-33062015abb0190

de SOUZA, T. A. F.; RODRIGUEZ-ECHEVERRÍA, S.; FREITAS, H.; ANDRADE, L.A.; SANTOS, D. Funneliformis mosseae and Invasion by Exotic Legumes in a Brazilian Tropical Seasonal Dry Forest. Russian Journal of Ecology, v. 49, n. 6, p. 500-506, 2018 https://doi.org/10.1134/S1067413618060127

de SOUZA, T. A. F.; SANTOS, D. Effects of using different host plants and long-term fertilization systems on population sizes of infective arbuscular mycorrhizal fungi. Symbiosis, v. 76, p. 139-149, 2018. https://doi.org/10.1007/s13199-018-0546-3

de SOUZA, T. A. F.; SANTOS, D.; ANDRADE, L. A.; FREITAS, H. Plant-soil feedback of two legume species in semi-arid Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, v. 50, p. 1011–1020, 2019. https://doi.org/10.1007/s42770-019-00125-y

dos SANTOS, F. E. F.; CARRENHO, R. Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares em remanescente florestal impactado (Parque Cinqüentenário - Maringá, Paraná, Brasil). Acta Botanica Brasilica, v. 25, n. 2, p. 508-516, 2011. https://doi.org/10.1590/S0102-33062011000200026

dos SANTOS, K. L.; CRUZ, S. P.; NIEMEYER, J. C.; SIMINSKI, A. Sistemas agroflorestais: um elo integrador entre recursos genéticos e serviços ambientais. Revista RG News, v. 5 n. 1, p. 5-12, 2019.

EMBRAPA. Serviço nacional de pesquisa de solos: manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 230 p.

GAIAD, S.; LOPES, E. S. Ocorrência de micorriza vesicular-arbuscular em Erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.). Boletim de Pesquisa Florestal, v. 12, n. 1, p. 21-29, 1986.

GERDEMANN, J. W.; NICOLSON, T. H. Spores of mycorrhizal Endogone species extracted from soil by wet sieving and decanting. Transactions of the British Mycological Society, v. 46, n. 2, p. 235-244, 1963. https://doi.org/10.1016/S0007-1536(63)80079-0

GIOVANNETTI, M.; AZZOLINI, D.; CITERNESI, A. S. Anastomosis formation and nuclear and protoplasmatic exchange in arbuscular mycorrhizal fungi. Applied and Environmental Microbiology, v. 65 n. 12, p. 5571-5575, 1999.

GOMES, S. P.; TRUFEM, S. F. B. Fungos micorrízicos arbusculares (Glomales, Zygomycota) na Ilha dos Eucaliptos, Represa do Guarapiranga, São Paulo, SP. Acta Botanica Brasilica, v. 12, n. 3, p. 395-401, 1998. https://doi.org/10.1590/S0102-33061998000400008

HASHEM, A.; HUQAIL, A. A.; ALQARAWI, A. A. Biodiversity of arbuscular mycorrhizal fungi associated with Acacia gerrardii benth in different habitats of Saudi Arabia. Pakistan Journal of Botany, v. 50, n. 3, p. 1211-1217, 2018.

IMPASTATO, C. J.; CARRINGTON, M. E. Effects of plant species and soil history on root morphology, arbuscular mycorrhizal colonization of roots, and biomass in four tallgrass prairie species. Plant Ecology, v. 21, p. 117-124, 2020. https://doi.org/10.1007/s11258-019-00997-y

JENKINS, W. A rapid centrifugal-flotation technique for separating nematodes from soil. Plant disease reporter, v. 48, n. 9, 1964.

JO, I.; FRIDLEY, J. D.; FRANK, D. A. Rapid leaf litter decomposition of deciduous understory shrubs and lianas mediated by mesofauna. Plant ecology, v. 221, p. 63-68, 2020. https://doi.org/10.1007/s11258-019-00992-3

LAMMEL, D. R.; CRUZ, L. M.; MESCOLOTTI, D.; STÜRMER, S. L.; CARDOSO, E. J. B. N. Woody Mimosa species are nodulated by Burkholderia in ombrophylous forest soils and their symbioses are enhanced by arbuscular mycorrhizal fungi (AMF). Plant and Soil, v. 393, n. 1-2, p. 123-135, 2015. https://doi.org/10.1007/s11104-015-2470-0

LI, L.; LI, T.; ZHAO, Z. Differences of arbuscular mycorrhizal fungal diversity and community between a cultivated land, an old field, and a never-cultivated field in a hot and arid ecosystem of southwest China. Mycorrhiza, v. 17, p. 655-665, 2007. https://doi.org/10.1007/s00572-007-0143-4

MELO, C. D.; LUNA, S.; KRUGER, C.; WALKER, C.; MENDONÇA, D.; FONSECA, H. M. A. C.; JAIZME-VEGA, M.; MACHADO, A. C. Communities of arbuscular mycorrhizal fungi under Picconia azorica in native forests of Azores. Symbiosis, v. 74, n. 1, p. 43–54, 2017. https://doi.org/10.1007/s13199-017-0487-2

PAYMANEH, Z.; SARCHESHMEHPOUR, M.; BUKOVSKÁ, P.; JANSA, J. Could indigenous arbuscular mycorrhizal communities be used to improve tolerance of pistachio to salinity and/or drought? Symbiosis, v. 79, n. 269-283, 2019. https://doi.org/10.1007/s13199-019-00645-z

R STUDIO TEAM. 2016. RStudio: Integrated Development Environment for R. RStudio, Inc., Boston, MA. URL http://www.rstudio.com/

RAMOS, A. C.; FAÇANHA, A. R.; FEIJÓ, J. A. Proton (H+) flux signature for the presymbiotic development of the arbuscular mycorrhizal fungi. New Phytol, v. 178, p. 177–188, 2008. https://doi.org/10.1111/j.14698137.2007.02344.x

RIMINGTON, W. R.; PRESSEL, S.; DUCKETT, J. G.; FIELD, K. J.; BIDARTONDO, M. I. Evolution and networks in ancient and widespread symbioses between Mucoromycota and liverworks. Mycorrhiza v. 29, p. 551-565, 2019. https://doi.org/10.1007/s00572-019-00918-x

SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The mathematical theory of communication. Urbana, University of Illinois Press, 1949.

SIMPSON, E. H. Measurement of diversity. Nature, v. 163, p. 688, 1949.

SIQUEIRA, J. O.; COLOZZI-FILHO, A.; DE OLIVEIRA, E. Ocorrência de micorrizas vesicular-arbusculares em agro e ecossistemas do estado de minas gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 24, n. 12, p. 1499-1506, 1989.

SIX, J.; FREY, S. D.; THIET, R. K.; BATTEN, K. M. Bacterial and fungal contributions to carbon sequestration in agroecosystems. Soil Science Society of America Journal, v. 70, n. 1, p. 555-569, 2006. https://doi.org/10.2136/sssaj2004.0347

STÜRMER, S. L.; OLIVEIRA, L. Z.; MORTON, J. B. Gigasporaceae versus Glomeraceae (Phylum Glomeromycota): A biogeographic tale of dominance in maritime sand dunes. Fungal Ecology, v. 32, p. 49–56, 2018. https://doi.org/10.1016/j.funeco.2017.11.008

TEIXEIRA, P. C.; DONAGEMMA, G. K.; FONTANA, A.; TEIXEIRA, W. G. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro: EMBRAPA, 2017. 573p.

TRUFEM, S. F. B. Aspectos ecológicos de fungos micorrízicos arbusculares na rizosfera de plantas de restinga da Ilha do Cardoso, SP, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 18, n. 1, p. 51-60, 1995.

TRUFEM, S. F. B. Aspectos ecológicos de fungos micorrízicos vesículo-arbusculares da mata tropical úmida da Ilha do Cardoso, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 4, n. 2, p. 31-45, 1990. https://doi.org/10.1590/S0102-33061990000200003

WILSON, J.; INGLEBY, K.; MASON, P. A.; IBRAHIM, K.; LAWSON, G. J. Long-term changes in vesicular-arbuscular mycorrhizal spore populations in Terminalia plantations in Côte d'Ivoire. In: READ, DJ.; LEWIS, D. H.; FITTER, A. H.; ALEXANDER, I. J. (Eds.). Mycorrhizas in Ecosystems. CAB International Cambridge, p. 268-275, 1992.

YANG, A. N.; LU, L.; ZHANG, N. The diversity of arbuscular mycorrhizal fungi in the subtropical forest of Huangshan (Yellow Mountain), East-Central China. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 27, n. 10, p. 2351–2358, 2011. https://doi.org/10.1007/s11274-011-0702-x

ZANGARO, W.; ROSTIROLA, L. V.; SOUZA, P. B.; ALVES, R. A.; LESCANO, L. E. A. M.; RONDINA, A. B. L.; NOGUEIRA, M. A., CARRENHO, R. Root colonization and spore abundance of arbuscular mycorrhizal fungi in distinct successional stages from an Atlantic rainforest biome in southern Brazil. Mycorrhiza, v. 23, p. 221-233, 2013. https://doi.org/10.1007/s00572-012-0464-9 ZHANG, Q.; YANG, R.; TANG, J.; YANG, H., HU, S., CHEN, X. Positive feedback between mycorrhizal fungi and plants influences plant invasion success and resistance to invasion. PLoS One, v. 5, e12380, 2010. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0012380

Downloads

Publicado

2023-05-27

Como Citar

Laurindo, L. K., Souza, T., da Silva, L. J. R., & Nascimento, G. dos S. (2023). COMUNIDADE MICORRÍZICA EM ARBÓREAS NATIVAS APLICADAS NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR PINUS TAEDA L. Revista Valore, 8, 15–24. https://doi.org/10.22408/reva802023113415-24

Edição

v. 8 (2023): Caderno Temático - Dossiê Solos em Ecossistemas Agrícolas Naturais

Seção

Solos em Ecossistemas Agrícolas e Naturais

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;

Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado

Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.