AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DRIS PARA A DIAGNOSE NUTRICIONAL DE POVOAMENTOS ADUBADOS DE Pinus taeda

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DOI:

https://doi.org/10.22408/reva8020231467156-168

Resumo

A análise de tecido vegetal é uma ferramenta útil para o manejo da nutrição vegetal e dentre os métodos de interpretação dos seus resultados, destaca-se o DRIS, baseado nas relações entre os nutrientes. O conhecimento dos valores de referência desse método pode ser subsídio importante para a tomada de decisão visando o aumento da produtividade do Pinus. Com o objetivo de avaliar a diagnose do estado nutricional do Pinus taeda em diferentes fases de crescimento, por meio de índices do sistema DRIS, foi instalado experimento a campo em povoamentos submetidos à fertilização aos um, cinco e nove anos de idade, todos de segunda rotação, sobre Cambissolos no município de Otacílio Costa/SC. Os tratamentos consistiram em doses de nitrogênio (N0=0, N1=70 e N2=140 kg ha-1), fósforo (P0=0, P1=75 e P2=150 kg ha-1) e potássio (K0=0, K1=60 e K2=120 kg ha-1), além de uma testemunha, nas seguintes combinações: N0P0K0, N0P1K0, N1P1K1, N1P2K1, N1P2K2 e N2P2K1. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com três repetições. Foram determinados os teores de N, P, K, Ca e Mg nas acículas e calculadas as relações entre os mesmos e os índices DRIS primários. Após quatro anos da aplicação dos fertilizantes não se constatou incrementos nos teores da maioria dos nutrientes nas acículas em resposta à sua aplicação no solo. As ordens de limitação nutricional, segundo o DRIS, nos povoamentos de cinco, nove e treze anos foram, respectivamente: N>P>Ca>K>Mg, N>K>Ca>Mg>P e N>P>K>Mg>Ca. As normas DRIS não diagnosticam adequadamente o status nutricional, pois, apesar de os teores foliares estarem dentro das faixas de suficiência, o DRIS indica necessidade ou excesso.

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Publicado

2023-05-27

Como Citar

Moro, L., Simonete, M. A., Gabriel, C. A., & Cassol, P. C. (2023). AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DRIS PARA A DIAGNOSE NUTRICIONAL DE POVOAMENTOS ADUBADOS DE Pinus taeda. Revista Valore, 8, 156–168. https://doi.org/10.22408/reva8020231467156-168

Edição

Seção

Solos em Ecossistemas Agrícolas e Naturais