BIOINDICADORES DA MACROFAUNA NOS SOLOS DO PARQUE ESTADUAL PICO DO JABRE (PB)

Gabryelle de Farias Sousa, Debora Coelho Moura, Ailson de Lima Marques, Aureliana Santos Gomes, Cássio Ricardo Gonçalves da Costa, Raphael Moreira Moreira Beirigo, Rodrigo Santana Macedo

Resumo


As condições da paisagem podem ser mensuradas por meio do uso de bioindicadores, que são atributos que medem ou refletem o status ambiental e a condição de sustentabilidade do ecossistema. Assim, este artigo visa caracterizar a diversidade da macrofauna numa topossequência representativa do Pico do Jabre-PB e obter indicadores biológicos dos solos e sazonalidade climatica. Para elucidação dessa pesquisa houve a caracterização morfológica dos solos em topossequência e para estudo da macrofauna foram confeccionadas 30 armadilhas do tipo “pitfall”, 10 para cada seguimento da topossequência, na estação seca e úmida. Na estação seca foram identificados 1184 indivíduos e na estação úmida, 1155, totalizando 2339, distribuídos entre 11 grupos taxonômicos. Os grupos mais abundantes foram a Ordem Hymenoptera, Dermaptera e Diptera. Os grupos raros forma: Ordem Scorpiones e Opilionida. Ao correlacionar a macrofauna com a atividade no solo percebe-se uma ampla distribuição de Ordens que executam atividades importantes, como a decomposição de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, controle da população de outros organismos e matendo o equilibrio.


Texto completo:

PDF

Referências


AGRA, M. F.; BARBOSA, M.R. DE V.; STEVENS, W.D. 2004. Levantamento Florístico Preliminar do Pico do Jabre, Paraíba, Brasil. In: Porto, K.C.; Cabral, J.P.; Tabarelli, M. (Eds.). Brejos de altitude de Pernambuco e Paraíba: história natural, ecologia e conservação. Brasília-DF: Ministério do meio Ambiente. p.123-137.

BARNES, O.R. Zoologia dos Invertebrados. 4ª.ed. Pennsylvania: Roca, p. 1179. 1984.

BENAZZI, E. S.; BIANCHI, M. O.; CORREIA, M. E. F.; LIMA, E.; ZONTA, E. Impactos dos métodos de colheita da cana-de-açúcar sobre a macrofauna do solo em área de produção no Espírito Santo – Brasil. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 6, suplemento 1, p. 3425-3442, 2013.

BIANCHINI, C.; BALIN, N. M.; CANDIOTTO, G.; CIESLIK, L. F.; CONCEIÇÃO, P. C. Levantamento de micro, meso e macrofauna na Serra da Mantiqueira através do método pitfall. Cadernos de Agroecologia, v. 6, n. 2, 2011.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica/Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual técnico de vegetação. IBGE: Rio de Janeiro 2. ed. 182 p, 2012.

BRASIL-EMBRAPA. AQUINO, A. M. de. Manual para coleta de macrofauna do solo. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2001.

BRASIL-EMBRAPA. DIONISIO, J. A.; PIMENTEL, I. C.; SIGNOR, D.; PAULA, A. M. de; MACEDA, A.; MATANNA, A. L. Guia prático de biologia do solo. Curitiba: SBCS: NEPAR, 2016.

BROWN, G. G.; FRAGOSO, C.; BAROIS, I.; ROJAS, P.; PATRÓN, J. C.; BUENO, J.; MORENO, A. G.; LAVELLE, P.; ORDAZ, V.; RODRÍGUEZ, C. Diversidad y rol funcional de la macrofauna edáfica en los ecosistemas tropicales mexicanos. Acta Zoológica Mexicana, número especial 1, p. 79-110, 2001.

BORROR, DJ. & DELONG, D.M. Introdução ao Estudo dos Insetos. São Paulo, p. 653. 1969.

CRUZ, M. P. et al. Caracterização da macrofauna artrópoda em área de Reserva Florestal no município de Lagoa Seca – Paraíba. Cadernos de Agroecologia, Recife, v. 10, n. 2, p. 1-4, abr/maio. 2015.

CUNHA, M. DO C. L.; SILVA JÚNIOR, M.l C.da. Comunidades de Árvores na Floresta Estacional Semidecidual Montana do Pico do Jabre, Paraíba. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 28, n. 4, p. 1365-1380, 2018.

GALLO, D. et al. Entomologia Agricola. Piracicaba: Fealq, 2002. 920 p.

HOFER, H.; HANAGARTH, W.; GARCIA, M.; MARTIUS, C.; FRANKILIN, E. N.; ROMBKE, J.; BECK, L. Structure and function of soil fauna communities in Amazonian antropogenic and natural ecosystems. Eur. J. Soil Boil., v. 37, p. 1-7. 2001.

JONES, C. G.; LAWTON, J. H.; SHACHAK, M. Organisms as ecosystems engines. Oikos, Copenhagen, v. 69, p. 373-386, 1994.

KORASAKI, V.; MORAIS, J. W. de; BRAGA, R. F. Macrofauna. In: MOREIRA. F. M. S.; CARES, J. E.; ZANETTI, R.; STÜRMER, S. L. (Eds.). O ecossistema solo: componentes, relações ecológicas e efeitos na produção vegetal. Lavras: Editora da UFLA, p. 79-128.2013.

LAVELLE, P. Faunal activities and soil processes: Adaptive strategies that determine ecosystem function. Adv. Ecol. Res., v.27, p. 93-132. 1997.

Marques, A. de L., Sousa, G. de F., Moura, D. C., Macedo, R. S., & Costa, C. R. G. da. (2021). Solo-paisagem no “Pico do Jabre (PB). Holos Environment, 21(2), 303–320. https://doi.org/10.14295/holos.v21i2.12444

MELO, F. V. de. et al. A importância da meso e macrofauna do solo na fertilidade e como biondicadores. Boletim Informativo da SBCS, Viçosa, v. 39, n. 1, p. 38-43, jan/abr. 2009.

MOORE, J. C.; HUNT, H. W. Arthropod regulation of micro and mesobiota in bellow-grond detrital food webs. An. Ver. Entomol., v.33, p. 419-439. 1988.

SILVA, J.; JUCKSCH, I.; TAVARES, R. C. Invertebrados edáficos em diferentes sistemas de manejo do cafeeiro na Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Brasileira de Agroecologia, Pelotas, v. 7, n. 2, p. 112-125, maio/jul. 2012.

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos / Humberto Gonçalves dos Santos … [et al.]. – 5. ed., rev. e ampl. − Brasília, DF: Embrapa, 2018.

SWIFT, M. J.; BIGNELL, D.; MOREIRA, F. M. de S.; HUISING, J. O inventário da biodiversidade biológica do solo: conceitos e orientações gerais. In: MOREIRA, F. M. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 131 S.; S.; HUISING, E. J.; BIGNELL, D. E. (Eds.). Manual de biologia dos solos tropicais: amostragem e caracterização da biodiversidade. Lavras: Editora da UFLA, p. 23-41.2010.

VAN DRIESCHE, R.G.V & T.S. BELLOWS. Biological control. New York: Chapman & Hall, 1996, 536p.




DOI: https://doi.org/10.22408/reva8020231469184-195

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Flag Counter

Revista Valore 
ISSN: 2525-9008