COMPORTAMENTO PRÓ-AMBIENTAL E CRENÇAS AMBIENTAIS NA ENGENHARIA CIVIL: UMA ANÁLISE DE UNIVERSITÁRIOS INGRESSANTES E CONCLUINTES

Claudio de Souza Rodrigues, Eduardo Chierrito de Arruda, Catherine Menegaldi Silva, Luís Henrique Pires Milani, Edneia Aparecida de Souza Paccola, Rute Grossi-Milani

Resumo


A produção de resíduos da construção civil é um problema no cenário socioambiental brasileiro. A formação ambiental do engenheiro civil pode contribuir para a solução e aprimoramento das construções visando o desenvolvimento sustentável. Objetivou-se analisar o comportamento pró-ambiental, as crenças ambientais e as percepções de sustentabilidade em universitários ingressantes e concluintes de engenharia civil. Participaram do estudo 166 estudantes de uma Instituição de Ensino Superior. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Comportamento Ecológico, Escala de Crenças Ambientais e um questionário elaborado pelos autores para avaliar a percepção de sustentabilidade na construção civil. Para análise dos resultados foram utilizados métodos descritivos, com o teste T para proporções e a correlação de Pearson. O nível de significância foi de p<0,05. Constatou-se que as crenças antropocêntricas foram maiores no primeiro ano de graduação, quando comparado ao quinto ano (p=0,04). Referente à sustentabilidade, os alunos relataram a necessidade de mais informações sobre a origem dos materiais utilizados e a gestão dos resíduos sólidos na construção civil. A vida universitária se mostrou associada a menos crenças ambientais antropocêntricas e relatos de comportamentos de limpeza urbana mais favoráveis ao ambiente, no entanto, não se observaram diferenças em relação às demais áreas do comportamento pró-ambiental.

 


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DOI: https://doi.org/10.22408/reva502020245e-5003

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Revista Valore 
ISSN: 2525-9008