Uso de drogas entre universitários de uma universidade federal de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva502020434e-5023Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência do uso de álcool e outras drogas entre alunos de graduação de uma universidade federal de Minas Gerais. Métodos: Pesquisa transversal, descritiva, de natureza quantitativa, realizado com alunos de uma universidade federal do interior de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu em sala de aula, entre março de 2018 a março de 2019. Foram utilizados o Critério de Classificação Econômica Brasil, Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Tabaco e outras substâncias e um instrumento contendo questões sociodemográficas e sobre o uso de substâncias psicoativas. Para análise foram utilizados os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Resultados: Participaram 947 alunos de 24 cursos de graduação que a universidade possui, entre os centros de Ciências Biológicas, de Ciências Exatas e de Ciências Humanas. Desses, 55,28% eram do sexo feminino, a maioria com idade entre 18 e 24 anos (83,84%), brancos (57,33%), da classe econômica B1 e B2 (39,91%). Obteve-se que os alunos concluintes, das três áreas, tiveram maior uso na vida de todas as substâncias que os alunos ingressantes; a substância lícita mais usada é o álcool e o consumo desta dobra ao entrar na universidade por aqueles que já a consumiam; a substância ilícita mais usada é a maconha, mas 76,6% dos participantes não consomem esta substância. Quando avaliada as áreas em conjunto, o uso de risco de moderado a alto para álcool foi 52,48%, para o tabaco 20,79% e 15,94% para maconha; para as outras drogas o risco ficou abaixo de 3,50%. Conclusão: os jovens entram na universidade já consumindo álcool, mas aumentam muito o seu consumo, provavelmente em decorrência da vida universitária; embora a maconha seja a droga ilícita mais usada por eles, apenas 9% dos estudantes a experimentam ao tornarem-se universitários.
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