A POLIFARMÁCIA EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva702022522e-7027Resumo
A polifarmácia representa um problema importante no atendimento do idoso, entretanto, os pacientes em instituições de longa permanência (ILP) mostram riscos aumentados, por apresentarem muitas doenças limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Objetiva-se, com o presente estudo, caracterizar o uso de medicamentos em idosos internados em uma instituição de longa permanência e identificar a presença de polifarmácia. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com abordagens qualitativa e quantitativa, realizada no contexto de uma ILP, em município ao norte do estado do Paraná, sul do Brasil. Procedeu-se a análise de prontuários com enfoque na história clínica prévia e uso de medicamentos pela população em estudo. A casuística final constituiu-se de 30 pacientes; 66,7% mulheres e 70% com idade superior a 80 anos. 93,4% faziam uso de ao menos um medicamento, e 53,2% da polifarmacoterapia. Conclui-se que o uso de medicamentos em polifarmácia é uma realidade entre os idosos, necessitando de critérios e cautela, a fim de promover a melhora na qualidade de vida do idoso.
Palavras chave: Idosos. Polifarmácia. Promoção da Saúde. Instituição de Longa Permanência.
Downloads
Referências
AIOLFI, C.R. et al. Adesão ao uso de medicamentos entre idosos hipertensos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.18, n.2, p.397-404, Jun, 2015.
ANDRADE et al. Assistência Farmacêutica como Estratégia para o Uso Racional de Medicamentos em Idosos. Seminário Ciências Biológicas e Saúde, jan.-dez. 2004.
ARRAIS, P.S.P. Medicamentos: consumo e reações adversas um estudo de base populacional. Fortaleza: Edições UFC; 2009.
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Gerência-Geral de Medicamentos - GGMED/DIMEP. 2015.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano Nacional de Saúde. Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Especializada e Temática Caderneta de saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da saúde, 2014.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
BRUNTON, L.L. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 13. ed. Rio de Janeiro: AMHG, 2018.
CAMARANO, A.A.; MELLO E LEITÃO, J. Introdução. In: Camarano AA, editora. Cuidados de longa duração para a população idosa: um novo risco social a ser assumido? Rio de Janeiro: IPEA; 2010. p. 13-37.
CARLETO, D.G.S. et al., [Tradução]. Estrutura e Prática da Terapia Ocupacional: Domínio e Processo. Revista Triangular: Ens. Pesq. Ext. Uberaba: MG, v.3, n.2, p.57-147, jul/dez. 2.ed. 2010.
CORTEZ, et al. Depressão Geriátrica. In: BENNEMAN; R.M., CORTEZ; L.E.R., PAVANELLI, G.C. (Orgs.) Envelhecer Saudável: problemas Clínicos e promoção da saúde. 1ª ed. Maringá: ICETI, 2017. p. 105-118.
FERREIRA, L.L. et al. Capacidade funcional de idosos institucionalizados com e sem doença de Alzheimer. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro; v.17, n.3, p.567-573. 2014.
FERRETTI, F. et al. Viver a velhice em ambiente institucionlizado. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v.19, n.2, 2014.
FLORES, L. M.; MENGUE, S. S. Uso de medicamentos por idosos em região do sul do Brasil. Revista de Saúde Pública. v.39, n.6, p.924-929. 2005.
GAUTÉRIO, et al. Caracterização dos idosos usuários de medicação residentes em instituição de longa permanência. Revista da Escola de Enfermagem USP, v.46, n.6, p.1394-9. 2012.
GUIMARÃES, A. C. et al. A Inserção Social através de Práticas de Educação Física como Medidas Interventivas para Pacientes Psicóticos e Neuróticos Graves do CAPS de São João del-Rei/MG. Pesquisas e Práticas Psicossociais, v.7, n.2, p.254-259. 2012.
GUIMARAES, A.C. et al. Atividades grupais com idosos institucionalizados: exercícios físicos funcionais e lúdicos em ação transdisciplinar. Pesquisas e práticas psicossociais, São João del-Rei, v.11, n.2. 2016.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ciclos de vida: Brasil e grandes regiões. Pesquisa nacional da saúde: 2013. Rio de Janeiro: IBGE; 2015.
LEAL, M.C.C. et al. Depressão entre idosos da comunidade, dos centros-dia e residentes em lares geriátricos. Revista de Enfermagem UFPE online. Recife, v.9, n.4, p.7383-90, Abril, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/275345201
MACHADO, A.S.M.F. Velhice fragilizada: a terapia ocupacional e os idosos institucionalizados. Disponível em: http://www.portaldoenvelhecimento.com/moradias/item/3859-velhice-fragilizada-a-terapia-ocupacional-e-os-idosos-institucionalizados. 2015.
MANSO, M.E.G.; BIFFI, E.C.A.; GERARDI, T.J. Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro, v.18, n.1, p.151-64. 2015.
NEVES, S.J.F. et al. Epidemiologia do uso de medicamentos entre idosos em área urbana do Nordeste do Brasil. Revista de Saúde Publica, v.47, n.4, p.759-68. 2013.
OLIVEIRA, D.V. de et al. Comparação da capacidade funcional auto relatada entre idosos brasileiros e japoneses institucionalizados. Revista Pesquisa em Fisioterapia, v. 6, n. 3, 2016.
OMS. Organização Mundial da Saúde. CID-11 – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 11ª revisão. 2018.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Traduzido por Gontijo S. Brasília: OPAS; 2005.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Prevenção de doenças crônicas: um investimento vital. Genebra. 2005.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Genebra (SWI): OMS; 2015. Disponível em: http://sbgg.org.br.
PÉRSICO, L. Como melhorar a sua capacidade mental. Plántano Editora. v.1. 2011.
PESTANA, L.C.; ESPIRITO SANTO, F.H. As engrenagens da saúde na terceira idade: um estudo com idosos asilados. Revista da Escola de Enfermagem, São Paulo, v. 42, n. 2, p. 268-275. 2008.
RODRIGUES, M. C.; Pinho, D. L.; Oliveira, D. Polifarmacoterapia e interações medicamentosas. Revista Eletronica Gestão & Saúde, v.4, n.1, p. 1335-1349. 2017.
ROSA, A.C.D.S.; BENKE, A.M.V. Linha guia da saúde do idoso / SAS-SESA– Curitiba : SESA, 2018.
SALGUEIRO, H. D. Determinantes psicossociais da depressão no idoso. Revista Nursing, 222. 2007.
SECOLI, R. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem. v.63, n.1, p.136-40. 2010.
SILVA, A.L. et al. Utilização de medicamentos por idosos brasileiros, de acordo com a faixa etária: um inquérito postal. Caderno de Saúde Pública, v.28, n.6, p.1033-45. 2012.
SILVA, P.A.S. da et al. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados entre idosos de um município do Brasil. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 23, n. 2, p. 639-646, Fev. 2018 .
SILVA, R. da et al. Polifarmácia em geriatria. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 56 (2): 164-174, abr.-jun. 2012.
WHO. World Health Organization. Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology. Anatomical Therapeutic Chemical ATC/DDD Index, 2018 [Internet]. Oslo: WHO; 2018 [acesso em 04 abril. 2019]. Disponível em: http://www.whocc.no/atc_ddd_index
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.