Quem entende de sustentabilidade?: um case de educação ambiental

Carlos Alberto Marçal Gonzaga, Marcos Cieslak, Adriéli Mazurek Cieslak, Maria Emília Rodrigues

Resumo


Este artigo apresenta os resultados de um survey sobre percepção social da sustentabilidade e comportamento sustentável de alunos do ensino médio, num colégio da rede pública de educação, localizado no sudeste do Estado do Paraná. Foi aplicado um questionário direcionado a 58 alunos, obtendo-se amostragem de 75% do universo da pesquisa. Os resultados mostram que os estudantes percebem as ações de sustentabilidade que estão mais evidentes e repetitivas em seu dia a dia. Também se mostram mais propensos a adotar comportamentos sustentáveis em relação a ações que merecem maior destaque na mídia ou que tem maior probabilidade de os expor publicamente.

Texto completo:

PDF

Referências


ARAÚJO, R. T. Alternativas sustentáveis de uso da madeira na construção civil. Revista Especialize IPOG, v.4, n.1, 2013.

BIERMANN, F. Earth system governance: World politics in the Anthropocene. Cambridge, MA: MIT Press, 2014.

BOEHNERT, J. The green economy: Reconceptualizing the natural commons as natural capital. Environmental Communication, v.10, n.4, p.395-417, 2016.

BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28/04/1999.

BRASIL. Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26.6.2002.

BRASIL. Lei nº 12305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, 03/08/2010.

BRASIL. Conselho Nacional De Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Diário Oficial da União, Brasília. Brasília, 18 jun. 2012.

BÜSCHER, B.; FLETCHER, R. Towards convivial conservation. Conservation & Society, v.17, n.3, p.283-296, 2019.

CAMPBELL, S. Green Cities, Growing Cities, Just Cities?: Urban Planning and the Contradictions of Sustainable Development”. Journal of the American Planning Association, v.62, n.3, p.296-312, 1996.

CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: formação do sujeito ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2017.

CLARO, P. B. O., CLARO, D. P.; AMÂNCIO, R. Entendendo o conceito de sustentabilidade nas organizações. Revista de Administração, v.43, n.4, p.289-300, out./nov./dez. 2008.

CONSANI, C. F.; XAVIER, Y. M. A. Considerações a respeito da relação entre justiça intergeracional, democracia e sustentabilidade. Nomos: Revista do Programa de Pós-graduação em Direito da UFC, v.36, n.1, 2016.

COSTA, F. A. Contributions of fallow lands in the Brazilian Amazon to CO2 balance, deforestation and the agrarian economy: Inequalities among competing land use trajectories. Elementa Science of the Anthropocene, n.4, p.000133, 2016.

CRUTZEN, P. J. Geology of mankind. In: CRUTZEN P., BRAUCH H. (eds). Paul J. Crutzen: A pioneer on atmospheric chemistry and climate change in the Anthropocene. Cham, Switzerland: Springer, 2016. (SpringerBriefs on Pioneers in Science and Practice, v.50, p.211–215).

CRUTZEN, P. J. The “Anthropocene.” Journal de Physique IV (Proceedings), v.12, n.10, p.1-5, 2002.

ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron, 2001.

FERREIRA, J. E.; PEREIRA, S. G.; BORGES, D. C. S. A Importância da Educação Ambiental no Ensino Fundamental. Revista Brasileira de Educação e Cultura - RBEC, n.7, a.7, p.104-119, 2013.

FREITAS, H. et al. O método de pesquisa survey. Revista de Administração da Universidade de São Paulo - RAUSP, v.35, n.3, p.105-112, 2000.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (org.). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009. (Educação à Distância, v.5)

GONZAGA, C. A. M. Marketing verde de produtos florestais: teoria e prática. Floresta, Curitiba, v.35, n.2, p.353-368, 2005.

GONZAGA, C. A. M. Pobreza e meio ambiente: conexões e potencialidades. In: SERPE, B. M.; SILVA, L. A. M. (org.). Desenvolvimento, gênero e pobreza. Ponta Grossa: UEPG, 2018 (p.37-49).

GUIMARÃES, M. Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. Revista Margens Interdisciplinar, v.7, n.9, p.11-22, 2016.

HOSOKAWA, R. T.; HOSOKAWA, E. G. A lei dos efeitos acelerados da entropia e o limite no uso de recursos energéticos da biosfera. Floresta, v.31, n.1/2, 2001.

HUME, T.; BARRY, J. Environmental Education and Education for Sustainable Development. International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences, 2015, (p.733–739).

JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.118, p.189-205, 2003.

LIKERT, R. The relationship between management behavior and social structure-improving human performance: Better theory, more accurate accounting. International Management Congress, 15, Tokyo, 1969. Proceedings... Paris: CIOS, 1969 (p.136-146).

LOUREIRO, C. F. B.; COSSÍO, M. F. B. Um olhar sobre a educação ambiental nas escolas: considerações iniciais sobre os resultados do projeto “O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental”. In: MELLO, S. S.; TRAJBER, R. (coord.). Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: MEC; MMA; UNESCO, 2007 (p.57-64).

LOZANO ASCENCIO, C. La expresión-representación de catástrofes a través de su divulgación científica en los Medios de Comunicación Social (1986-1991). Madrid: Universidad Complutense de Madrid, 2002.

MARQUES, C. Por uma compreensão da crise ambiental e do paradigma do risco. Caderno de Relações Internacionais, v.4, n.7, p.75- 95, 2013.

NEILSON, A. L.; CASTRO, I. Reflexive research and education for Sustainable Development with coastal fishing communities in the Azores Islands: A theatre for questions. In: Castro P. et al. (eds). Biodiversity and Education for Sustainable Development. (World Sustainability Series). Switzerland: Springer, 2016 (p.203-217).

OLIVEIRA, E. M. A Educação Ambiental: uma possível abordagem. 2 ed. Brasília: UnB, 2000.

OLIVEIRA, G. B. Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento. Revista da FAE, Curitiba, v.5, n.2, p.41-48, 2002.

OLIVEIRA, A. L.; GUIMARÃES, M. Da práxis participativa à educação ambiental crítica: análises de propostas formativas de educadores ambientais da baixada fluminense. Revista Tempos e Espaços em Educação, v.5, n.8, p.11-26, jan./jun. 2012.

PARANÁ. Lei nº 17505, de 11 de janeiro de 2013. Institui a Política Estadual de Educação Ambiental e o Sistema de Educação Ambiental e adota outras providências. Diário Oficial do Estado do Paraná, nº 8875, 11/01/2013.

PITANGA, A. F.; NEPOMUCENO, A. L. O.; ARAUJO, M. I. O. Entendimentos e práticas de ensino de professores universitários em educação ambiental. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado de Educação Ambiental, v.34, n.1, p.270-289, 2017.

RODRIGUES, G. S. et al. O estado da arte das práticas didático-pedagógicas em educação ambiental (período de 2010 a 2017) na revista brasileira de educação ambiental.Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v.14, n.1, p.9-28, 2019.

SCOONES, I. The politics of sustainability and development. Annual Review of Environment and Resources, v.41, p.293-319, 2016.

SILVA, C. A.; SILVA, F. S. O.; NICOLLI, A. A. Ensino de ciências e educação ambiental: uma análise das percepções dos docentes que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental. Brazilian Journal of Development, v.5, n.12, p.33213-33223, 2019.

SILVER, J. J. et al. Blue economy and competing discourses in international oceans governance. Journal of Environment & Development, v.24, n.2, 135-160, 2015.

SILVER, J. J.; CAMPBELL, L. M. Conservation, development and the blue frontier: the Republic of Seychelles’ debt restructuring for marine conservation and climate adaptation program. International Social Science Journal, v.68, n.229-230, p.241-256, 2018.

SONG, X.-P, et al. Global land change from 1982 to 2016. Nature, v.560, p.639-643, 2018.

STEFFEN, W. et al. The Anthropocene: conceptual and historical perspectives. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, v.369, n.1938, p.842-867, 2011.

TOZONI-REIS, M. F. C.; KAVASAKI, C. S. Questões metodológicas na pesquisa em educação ambiental: necessidades e desafios. Pesquisa em Educação Ambiental, v.11, n.2, p.97-104, 2016.

UN (United Nations). Report of the United Nations Conference on the Human Environment. Stockholm: UN, 1972.

UN (United Nations). Report of the World Commission on Environment and Development: Our Common Future (The Brundtland Report). New York: UN, 1987.

UN (United Nations). Rio Declaration on Environment and Development. In: Report of the United Nations Conference on Environment and Development, Rio de Janeiro, 3-14 June 1992. Vol. I: Resolutions Adopted by the Conference. New York: UN, 1993 (p.3-8).

UN (United Nations). The future we want: Outcome document of the United Nations Conference on Sustainable Development. Rio de Janeiro, Brazil, 20-22 June 2012.

UN (United Nations). Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable Development: Resolution adopted by the General Assembly on 25 September 2015.

VERDELONE, T. H.; CAMPBELL, G.; ALEXANDRINO, C. R. Trabalhando educação ambiental com turmas do ensino fundamental I. Brazilian Journal of Development, v.5, n.6, p.4675-4687, 2019.

ZAIONS, J. R. M.; LORENZETTI, L. A disseminação da temática ambiental nos cursos de formação de docentes em nível médio. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 34, n. 2, p. 115-135, 2017.




DOI: https://doi.org/10.22408/reva702022549e-7028

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Flag Counter

Revista Valore 
ISSN: 2525-9008