APPROPRIATING THE INAPPROPRIATE: (RE)SIGNIFICATIONS OF THE SPACES OF A LOW-CLASS PROSTITUTION ZONE IN BELO HORIZONTE (MG)
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva502020660231-244Resumo
The history of Guaicurus intertwines with the spatial planning of the city, going through an intense process of transformation over the years. Considering this process, this study was developed with the goal of analyzing the spatial dynamics that surround the Guaicurus prostitution zone, through concepts of space, place and territory. To reach this goal, we conducted a descriptive research with a qualitative approach, in which the unit of analysis was the prostitution zone called Guaicurus, in Belo Horizonte (MG). The units of observation were the internal spaces of prostitution hotels and their surroundings, as well as the prostitutes. Data were collected through 27 in-depth interviews with the prostitutes, the application of a projective technique and the photographic documentation of the brothels facades. The data of the interviews were submitted to French discourse analysis. We have been able to notice ambiguities in the social imaginary concerning such space, sometimes a place of prostitution, sometimes a psychical prison, whose chains have been forged by the workers themselves; that is, a form of self-imposed imprisonment. To alleviate the suffering arising from this process, some of the interviewees resignify parts of the room spaces by giving them a cozier, more familiar disposition, necessary for their permanence in prostitution work.
Keywords: Space. Place. Territory. Prostitution zone. Guaicurus.
Downloads
Referências
ABOTT, A. The system of professions. Chicago: University of Chicago, 1988.
ALBAGLI, S. Território e territorialidade. In: ALBAGLI, S. Territórios em movimento: cultura e identidade como estratégia de inserção competitiva. Brasília: Sebrae, p. 23-69, 2004.
ALVAREZ, I. P. A noção de mobilização do espaço em Henri Lefebvre. GEOUSP Espaço E Tempo (Online), v. 23, n. 3, p. 494-505, 2019.
ALVES, J. E.; CAVENAGHI, S.; BARROS, L. F.; CARVALHO, A. A. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil. Tempo Social, v. 29, n. 2, p. 215-242, 2017.
AUGÉ, M. Não-lugares: uma introdução a uma antropologia da supermodernidade. São Paulo: Papirus, 1994.
BARROS, L. Mariposas que trabalham: uma etnografia da prostituição feminina na região central de Belo Horizonte. Jus Navigandi, v. 8, n. 1, p. 1-38, 2005.
BENFORD, R. D.; SNOW, D. A. Framing processes and social movements: An overview and assessment. Annual review of sociology, v. 26, n. 1, p. 611-639, 2000.
BLITHE, S. J.; WOLFE, A. W. Work–life management in legal prostitution: Stigma and lockdown in Nevada’s brothels. Human Relations, v. 70, n. 6, p. 725-750, 2017.
BROWN, G.; LAWRENCE, T. B.; ROBINSON, S. L. Territoriality in organizations. Academy of Management Review, v. 30, n. 3, p. 577-594, 2005.
CASTROGIOVANNI, A. C. Lugar, no-lugar y entre-lugar: los ángulos del espacio turístico. Estudios y Perspectivas en Turismo, v. 16, n. 1, p. 5-25, 2007.
CHANLAT, J. F. O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas, 1996.
CLARE, N; HABERMEHL, V; MASON-DEESE, L. Territories in contestation: Relational power in Latin America. Territory, Politics, Governance, v. 6, n. 3, p. 302-321, 2018.
CORREA, R. L. Espaço: um conceito-chave da geografia. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORREA, R. L. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Berttrand Brasil, p. 15-47, 2002.
DASKALAKI, M.; STARAB, A.; IMAS, M. The ‘Parkour Organisation’: inhabitation of corporate spaces. Culture and organization, v. 14, n. 1, p. 49-64, 2008.
DEAR, M. Postmodern bloodlines. In: BENKO, G; STROHMAYER, U. (Orgs.). Space and social theory: interpreting modernity and postmodernity. Oxford: Blackwell, p. 49-71, 1997.
FORD, J.; HARDING, N. We went looking for an organization but could find only the metaphysics of its presence. Sociology, v. 38, n. 4, p. 815-830, 2004.
GASKELL, G.; BAUER, M. W. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002.
GIBSON-GRAHAM, K. The End of Capitalism (As We Knew It): A Feminist Critique of Political Economy. Cambridge: Blackwell, 1996.
GUATTARI, F. As três ecologias. Campinas: Papirus, 1993.
HARVEY, D. Spaces of capital: towards a critical geography. Edinburgh: Edinburgh University, 2001.
HARVEY, D.; SOBRAL, A. U. Condição pós-moderna. Rio de Janeiro: Loyola, 1994.
KINKAID, E. Re-encountering Lefebvre: Toward a critical phenomenology of social space. Environment and Planning D: Society and Space, v. 38, n. 1, p. 167-186, 2020.
KNOPP, G.; ALCOFORADO, F. Governança social, intersetorialidade e territorialidade em políticas públicas: o caso da Oscip Centro Mineiro De Alianças Intersetoriais (Cemais). In: Congresso Consad de Gestão Pública, 3, 2010, Brasília. Anais… Brasília: Brasil, 2010.
LACERDA, D. S. Overcoming dichotomies through space: the contribution of dialectical materialism to organization studies. Organizações & Sociedade, v. 22, n. 73, p. 223-235, 2015.
LAURENCE, G. A.; FRIED, Y.; SLOWIK, L. H. “My space”: A moderated mediation model of the effect of architectural and experienced privacy and workspace personalization on emotional exhaustion at work. Journal of Environmental Psychology, v. 36, p. 144-152, 2013.
LEFEBVRE, H. Espacio y política: el derecho a la ciudad. Barcelona: Ediciones Peninsula, 1976.
LEFEVBRE, H. The Production of Space. Oxford: Blackwell, 1991.
LIMA, O. P.; PALHARES, J. V.; CARRIERI, A. Mercado Novo: an "Out of Place" Building in Belo Horizonte. Caderno de Geografia, v. 30, n. 62, p. 716-737, 2020.
MASSEY, D. For Space. London: SAGE, 2005.
MEIHY, J. C. S. B. Prostituição à brasileira. São Paulo: Contexto, 2015.
OLIVEIRA, T. Z.; GUIMARÃES, L. V.; FERREIRA, D. P. Mulher, Prostituta e Prostituição: Da História ao jardim do Éden. Teoria e Prática em Administração (TPA), v. 7, n. 1, p. 139-169, 2017.
PAASI, A. Constructing territories, boundaries and regional identity. In: FORSBERG, T. (Ed.). Contested Territory: Border Disputes at the Edge of the Former Soviet Empire. Aldershot: Edward Elgar, p. 42-61, 1995.
PAGÈS, M. et al. O poder das organizações: a dominação das multinacionais sobre os indivíduos. São Paulo: Atlas, 1993.
PAIVA, K. C. M.; PEREIRA, J. R.; GUIMARÃES, L. R.; BARBOSA, J. K. D.; SOUSA, C.V. Mulheres de vida fácil? Tempo, prazer e sofrimento no trabalho de prostitutas. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 60, n. 3, p. 208 – 221,v2020.
PALHARES, J. V.; CORREIA, G. F. A.; CARRIERI, A. P. “Um lugar de movimento”: a trajetória histórica das apropriações dos espaços da Galeria do Ouvidor em Belo Horizonte (MG). Sociedade, Contabilidade e Gestão, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, set/dez, 2020.
PÊCHEUX, M. Analyse automatique du discours. Paris: Dunod, 1969.
PEREIRA, J. R.; PAIVA, K. C. M.; SANTOS, J. V. P.; SOUSA, C. V. “O show tem que continuar”: encalços e percalços do ser/estar prostituta. Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v. 16, n. 3, p. 151-180, 2018.
PEREIRA, J. R.; SANTOS, J. V. P.; SILVA, A. G. C.; PAIVA, K. C. M.; CARRIERI, A. P. Entre o sagrado e o profano: identidades, paradoxos e ambivalências de prostitutas evangélicas do baixo meretrício de Belo Horizonte. Cadernos EBAPE.BR, v. 18, n. 2, p. 391-405, 2020.
RAFFESTIN, C. Pour une Geographie du Pouvoir. Paris: Litec, 1993.
RAFFESTIN, C. Space, Territory, and Territoriality. Environment and Planning D: Society and Space, v. 30, n. 1, p. 121–141, 2012.
RAULET-CROSET, N. La dimension territoriale des situations de gestion. Revue française de gestion, v. 4, p. 137-150, 2008.
ROSS, K. The Emergence of Social Space. Rimbaud and the Paris Commune. London: Verso, 2008.
SANTOS, M. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1978.
SANTOS, M. Society and Space: social formation as theory and method. Antípode, v. 9, n. 1, p. 3-13, 1977.
SOJA, E. Thirdspace: journey to Los Angeles and other real-and-imagined places. Oxford: Blackwell, 1996.
SOUSA, C. V. et al. When intimacy walks up the stairs: space configurations, territories and territoriality of a Brazilian prostitution zone. In: European Group for Organizational Studies, 33, 2017, Copenhagen. Anais... Copenhagen: Anais of 33th EGOS, 2017.
SPINK, P. O lugar do lugar na análise organizacional. Revista de Administração Contemporânea, v. 5, n. SPE, p. 11-34, 2001.
TEIXEIRA, J. C.; SARAIVA, L. A. S.; CARRIERI, A. de P. Os lugares das empregadas domésticas. Organizações & Sociedade, v. 22, n. 72, p. 161-178, 2015.
TUAN, Y. F. Space and Place: The Perspective of Experience. Minneapolis: University Minnesota Press, 1977.
TUAN, Y. F. Topofilia: Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.
VIDAILLET, B; BOUSALHAM, Y. Coworking spaces as places where economic diversity can be articulated: Towards a theory of syntopia. Organization, v. 27, n. 1, p. 60-87, 2020.
WALKOWITZ, J. R. The politics of prostitution and sexual labour. History Workshop Journal, v. 82, n. 1, p. 188-198, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
