PRÁTICA ESCOLAR E AVALIAÇÃO EXTERNA: OLHAR ATENTO ÀS RELAÇÕES QUE SE ESTABELECEM NO INTERIOR DA SALA DE AULA

Autores

  • Henrique Dias Gomes de Nazareth Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22408/reva41201996856-871

Resumo

O artigo apresenta resultados de investigação realizada em uma escola de ensino fundamental da rede municipal do Rio de Janeiro. A pesquisa aconteceu ao longo de um ano em uma turma de 1º ano do ensino fundamental e visou captar as implicações para as crianças, para a professora e cotidiano da escola advindas dos exames externos. Buscou-se um olhar atento às relações que se estabelecem no interior desta sala de aula, principalmente no que se refere aos impactos das determinações das políticas em curso. O estudo apontou que as ações regulatórias estabelecem pressões para modificar o que significa ser professor. Considerou também que no contexto do Rio de Janeiro, a avaliação em larga escala tem deixado de ser instrumento de acompanhamento global de redes de ensino e orientador de políticas públicas, mas passa a ser considerada capaz de avaliar a aprendizagem de alunos e o trabalho de professores, associada às políticas de responsabilização e bonificação, gerando distorções, tensões e conflitos para os estudantes, profissionais da escola e comprometendo as análises que deveriam ser geradas por processos de avaliação que tem por finalidade a reflexão e tomada de decisões acerca da possíveis mediações didáticas para que as aprendizagens se realizem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Henrique Dias Gomes de Nazareth, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Pedagogo pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO e Mestre em Educação pela mesma instituição. Participa da pesquisa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Avaliação e Currículo (GEPAC/UNIRIO).

Referências

ARROYO, M. G.; ABRAMOWISZ, A. (orgs). A reconfiguração na escola. São Paulo: Papirus, 2009.

BALL, Stephen J.. Profissionalismo, gerencialismo e performatividade. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 35, n. 126, dez. 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010042005000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 ago. 2013.

BALL, Stephen J.. Performatividade, privatização e o pós-Estado do Bem-Estar. Educ. Soc., Campinas , v. 25, n. 89, dez. 2004 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302004000400002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 ago. 2013.

BARRIGA, Ángel Días. Uma polêmica em relação ao exame. ESTEBAN, Maria. Teresa. (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. ed. Petrópolis: DP et Alii, 2008.

RAVITCH, Diane. Vida e morte do grande sistema escolar americano: como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. Porto Alegre: Sulina, 2011.

ROSA, Sanny da Silva. Reformas educacionais e pesquisa: As Políticas "Em Cena" no Brasil e na Inglaterra. In: Revista: Revista e-Curriculum. São Paulo, v. 9, n. 2, 2012.

PÉREZ GÓMEZ, Ángel. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO. Avaliação Diagnóstica 2013: orientações. 2013a.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO. Caderno do Professor: prova 2.° Bimestre/2013. 2013b.

Downloads

Publicado

2019-11-18

Edição

Seção

Artigo Original