A DIFERENÇA E OS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO: UM OLHAR PARA AS VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva8020231259e-8005Resumo
A apresentação desse estudo é de cunho qualitativo por meio de revisão bibliográfica. O objetivo foi de fortalecer e incrementar as reflexões e posicionamentos dos sujeitos em suas vivências no Ensino Superior, com a intenção de transformar o ambiente universitário num espaço para ser sem restrições das individualidades, no qual as diferenças e singularidades de cada um possibilitem a produção de subjetividades e processos emancipatórios. Para tanto, o principal aporte teórico foi baseado em González Rey (1997; 2003; 2004; 2006; 2007; 2011; 2014; 2017; 2019), que trata da subjetivação e suas produções de sentido e as contribuições do campo da Psicopedagogia (ANDRADE, 2003; FERNÁNDEZ, 2001). Os resultados apontaram que as diferenças entre as pessoas podem se direcionar ao binômio exclusão x inclusão e apresentam como possibilidade potencializadora, a introdução das discussões sobre as diferenças, como tema transversal para os diferentes nichos educacionais em consonância com as concepções da Educação Inclusiva. Assim, conclui-se que ter a subjetivação como principal elemento para a compreensão das diferenças, independentemente da forma com que ela se apresenta, pode reverberar como fontes de análises que priorizam a produção de sentidos e a visibilidade dos sujeitos a partir do conceito de sujeito-autor.
Downloads
Referências
ANDRADE, M.S. O prazer da autoria e a construção do sujeito autor. São Paulo: Memnon, 2003.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 out.
BRASIL. Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES. Diário Oficial da União: seção 1, Poder Executivo, Brasília, DF, p. 5, 20 jul. 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior. Brasília, DF: SECADI/SESu, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=12737-documento-orientador-programa-incluir-pdf&category_slug=marco-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 10 jun. 2021.
COULON, A. A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: EDUFBA, 2008.
COULON, A. O ofício de estudante: a entrada na vida universitária. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 4, p. 1239-1250, out./dez. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/
j/ep/a/Y8zKhQs4W7NYgbCtzYRP4Tb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 nov. 2021.
CUNHA, R.; ROSSATO, M. A singularidade dos estudantes com deficiência intelectual frente ao modelo homogeneizado da escola: reflexões sobre o processo de inclusão. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 28, n. 53, p. 649-664, set./dez. 2015. DOI http://dx.doi.
org/10.5902/1984686X16288 Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/
article/view/16288. Acesso em: 28 mar. 2021.
DEIMLING, N. N. M.; MOSCARDINI, S. F. Inclusão escolar: política, marcos históricos, avanços e desafios. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, n. 12, p. 3-21, 2012. DOI 10.22633/rpge.v0i12.9325. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.
br/rpge/article/view/9325 Acesso em: 14 maio 2021.
DIAS, C. E. S. B. et al. (Org.). Os serviços de apoio pedagógico aos discentes no ensino superior brasileiro. São Carlos: Pedro & João Editores, 2020. 518p.
FERNÁNDEZ, A. O Saber em Jogo: A Psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GONZÁLEZ REY, F. L. A Epistemologia Qualitativa vinte anos depois. In: MITJÁNS MARTÍNEZ, A.; GONZÁLEZ REY, F. L.; PUENTES, R. V. (Org.). Epistemologia qualitativa e teoria da subjetividade: discussões sobre educação e saúde. Uberlândia: EDUFU, 2019.
GONZÁLEZ REY, F. L. As categorias de sentido, sentido pessoal e sentido subjetivo: sua evolução e diferenciação na teoria histórico-cultural. Psic. da Ed., São Paulo, v. 24, p. 155-179, 1. sem. 2007.
GONZÁLEZ REY, F. L. Epistemología cualitativa y subjetividade. La Habana, Cuba: Editorial Pueblo y Educación, Playa, 1997.
GONZÁLEZ REY, F. L. Ideias e modelos teóricos na pesquisa construtivo-interpretativa. In: MITJÁNS MARTÍNEZ, A.; NEUBERN, M.; MORI, V. D. (Org.). Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas, SP: Editora Alínea, 2014.
GONZÁLEZ REY, F. L. La categoría sentido y su significación em la construcción del pensamento psicológico. Contrapontos, v. 1, n. 2, 2000.
GONZÁLEZ REY, F. L. O social na psicologia e a psicologia no social: a emergência do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
GONZÁLEZ REY, F. L. O sujeito que aprende: desafios do desenvolvimento do tema da aprendizagem na psicologia e na prática pedagógica. In: TACCA, M. C. V. R. Aprendizagem e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Ed. Átomo e Alínea, 2006.
GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. Tradução: Marcel Aristides Ferrada Silva. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa qualitativa em psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
GONZÁLEZ REY, F. L. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
MAGNAGO, C. F.; SCHMITZ, D. dos A.; PAVÃO, S. M. de O. Considerações sobre saúde e inclusão para qualidade de vida de estudantes universitários. Linhas Críticas, [s.l.], v. 27, p. e36827, 2021. DOI 10.26512/lc27202136827. Disponível em: https://periodicos.unb.br/
index.php/linhascriticas/article/view/36827. Acesso em: 20 maio 2022.
MASCARO, C. A. A. C. Políticas e Práticas de Inclusão Escolar: Um diálogo necessário. Rev. Faculdade de Educação, Mato Grosso, v. 19, ano 11, n. 1, p. 33-55, jan./jun. 2013. Disponível em: http://www2.unemat.br/revistafaed/content/vol/vol_19/artigo_19/33_55.pdf. Acesso em: 08 abr. 2021.
VASCONCELOS, I. Interferência cultural-ideológica e inclusão educacional. In: CALIMAN, G.; VASCONCELOS, I.(Orgs.). Jovens universitários: entre a inclusão e a exclusão. Brasília: Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade, 2019, 180 p.
SAMPAIO, S. M. R.; SANTOS, G. G. A. O conceito de afiliação estudantil como ferramenta para a gestão pedagógica da educação superior. [S.l.: s.l.], 2017. Disponível em: https://bit.ly/3dyyQef. Acesso em: 16 nov. 2021.
SILVA, M. O. E. da. Da exclusão à inclusão: concepções e práticas. Rev. Lusófona de Educação, Lisboa, n. 13, p. 135-153, 2009. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502009000100009&lng=pt&nrm=isso.
Acesso em: 01 abr. 2021.
SKLIAR, C. A inclusão que é “nossa” e a diferença que é do “outro”. In: RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. p. 16-34.
SULKOWSKI, M. L.; JOYCE, D. J. School psychology goes to college: the emerging role of school psychology in college communities. Psychology in the Schools, [s.l.], v. 49, n. 8, p. 809-815, set. 2012.
UNESCO. Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE): Declaração de Salamanca de princípios, política e prática para as necessidades educativas especiais. Brasília, DF: CORDE, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.