AVALIAÇÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL PARA A INOVAÇÃO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE TERESÓPOLIS

Michele Mendes Hiath Silva, Saulo Barbará de Oliveira, Favio Akiyoshi Toda, Luiz Fernando Vieira Lemos

Resumo


A inovação em serviços de saúde é fundamental para geração de valor e competitividade. O desenvolvimento de clima organizacional que possua características específicas, tais como apoio a criatividade, engajamento e liberdade para a expressão de opiniões e pensamentos é de grande relevância. Nesse contexto, destaca-se também a importância da liderança, da aprendizagem organizacional e da geração e gestão do conhecimento. O objetivo neste estudo foi analisar a percepção dos gestores quanto ao clima organizacional para inovação em um hospital de ensino localizado na região serrana do Rio de Janeiro. Para isso, foram usados os três fatores da Escala de Suporte à Inovação de Siegel (Siegel Scale of Support for Innovation - SSSI): suporte à criatividade, tolerância à diversidade e envolvimento pessoal, tomando-os como elementos de um clima organizacional inovador. Para amparar este estudo, a metodologia qualitativa e a abordagem de estudo de caso foram utilizadas. Os resultados indicaram presentes no clima do hospital os três fatores da Escala de Suporte à Inovação de Siegel, no entanto, a falta de estratégias específicas para inovação, políticas e processos estruturados e principalmente a inexistência da gestão do conhecimento limitam a capacidade de inovação da organização.


Texto completo:

PDF

Referências


AL-ABBADI, L.; ALSHAWABKEH, R.; RUMMAN, A. Processos de gestão do conhecimento e desempenho da inovação: O efeito moderador da acumulação de conhecimento dos funcionários.Management Science Letters, v. 10, n. 7, pág. 1463-1472, 2020. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2022.

AVOLIO, B. J.; BASS, B. M.; JUNG, D. I. Re-examining the components of transformational and transactional leadership using the Multifactor Leadership Questionnaire. Journal of Occupational and Organizational Psychology Bass & Avolio Van Muijen & Koopman House & PodsakoV, v. 72, p. 441–462, 1999. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2017.

BARBOSA, P. R.; GADELHA, C. A. G. O papel dos hospitais na dinâmica de inovação em saúde. Revista de Saude Publica, v. 46, n. SUPPL.1, p. 68–75, 2012. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2017.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.

BASS, B. M. From transformational Leadership: Learning to Share the Vision. Organizational Dynamics, v. 18, n. 3, p. 19–31, 1990. Disponível em:. Acesso em: 17 set. 2017.

BASS, B. M.; AVOLIO, B. J.; JUNG, D. I.; BERSON, Y. Predicting unit performance by assessing transformational and transactional leadership. The Journal of applied psychology, v. 88, n. 2, p. 207–218, 2003. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2017.

BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

BOS-NEHLES, A. C.; VEENENDAAL, A. A.R. Perceptions of HR practices and innovative work behavior: the moderating effect of an innovative climate. The International Journal of Human Resource Management, v. 30, n. 18, p. 2661-2683, 2019. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2022.

BRUNO-FARIA, M. F.; VARGAS, E. R.; MARTÍNEZ, A. M. Criatividade e inovação nas organizações: desafios para a competitividade. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em: . Acesso em: 28 ago. 2017.

CAMPBELL, J. P.; DUNNETTE, M. D.; LAWLER, E. E.; WEICK, K. E. Managerial behavior, performance, and effectiveness. New York: McGraw-Hill, 1970.

CHRISTENSEN, C. M.; GROSSMAN, J. H.; HWANG, J. Inovação na gestão da saúde: a receita para reduzir custos e aumentar qualidade. Porto Alegre: Bookman, 2009.

COMES, M. B.; CAVALCANTE, F. V.; TODA, F. A. Avaliação do clima organizacional de suporte à criatividade e inovação em programas de pós-graduação stricto sensu. Revista Ciências Administrativas, 2020. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2022.

CRESWELL, J. W. Investigação Qualitativa e Projeto de Pesquisa. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2014.

CRUZ, A. P. C.; FREZATTI, F.; BIDO, D. S. Estilo de Liderança, Controle Gerencial e Inovação: Papel das Alavancas de Controle. RAC - Revista de Administração Contemporânea, v. 19, n. 2, p. 772–794, 2015. Disponível em:. Acesso em: 13 set. 2017.

DAMANPOUR, F.; WISCHNEVSKY, D. Research on innovation in organizations: Distinguishing innovation-generating from innovation-adopting organizations. Journal of Engineering and Technology Management - JET-M, v. 23, n. 4, p. 269–291, 2006. Disponível em:. Acesso em: 28 set. 2017.

DATASUS. Cadastro Nacional de Estabelecimento de saúde. Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2017a.

DATASUS. Produção Hospitalar SIH/SUS. Disponível em: http://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude/tabnet.Acesso em: 25 set. 2017b.

DJELLAL, F.; GALLOUJ, F. Mapping innovation dynamics in hospitals. Research Policy, v. 34, n. 6, p. 817–835, 2005. Disponível em:. Acesso em: 18 ago. 2017.

DJELLAL, F.; GALLOUJ, F. Innovation in hospitals: A survey of the literature. European Journal of Health Economics, v. 8, n. 3, p. 181–193, 2007. Disponível em:. Acesso em: 13 set. 2017.

FARIAS, J. S.; GUIMARÃES, T. A.; VARGAS, E. R; ALBUQUERQUE, P. H. M. Adoção de prontuário eletrônico do paciente em hospitais universitários de Brasil e Espanha: a percepção de profissionais de saúde. Revista de Administração Pública, v. 45, n. 5, p. 1303–1326, 2011. Disponível em:. Acesso em: 29 ago. 2017.

FRANCO, M. M. S.; FERREIRA JR, S.; SANCHES, C. Resiliência: seleção de escalas numa abordagem de causa e efeito. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 15, n. 1, p. 159-175, 2021. Disponível em:. Acesso em 26 ago. 2022.

GALLOUJ, F.; WEINSTEIN, O. Innovation in services. Research Policy, v. 26, p. 537–556, 1997. Disponível em:. Acesso em: 24 set. 2017.

GUMUSLUOGLU, L.; ILSEV, A. Transformational Leadership and Organizational Innovation: The Roles of Internal and External Support for Innovation. Journal of Product Innovation Management, v. 26, n. 3, p. 264–277, 2009. Disponível em:. Acesso em: 11 ago. 2017.

HASSAN, N.; RAZIQ, A. Efeitos das práticas de gestão do conhecimento na inovação em PMEs. Management Science Letters, v. 9, n. 7, pág. 997-1008, 2019. Disponível em:. Acesso em: 28 ago. 2022.

IBGE. Censo Demográfico. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 25 jan. 2016.

ISIDRO-FILHO, A.; GUIMARÃES, T. D. A.; PERIN, M. G. Determinantes de Inovações apoiadas em tecnologias de informação e comunicação adotadas por hospitais. Revista de Administração e Inovação, v. 8, n. 4, 2012. Disponível em:. Acesso em: 6 set. 2017.

LEAL, G. M. G. A influência do clima organizacional nos profissionais de Enfermagem à luz da ergonomia, no serviço prestado à População. Um estudo de caso: hospital das clínicas. 2021. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em:. Acesso em: 03 set. 2022.

LIMA, D. H.; VARGAS, E. R. Regulação de acesso à internação em UTI: análise pela teoria da inovação em serviços. RAHIS-Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, v. 11, n. 3, 2014.Disponível em:. Acesso em: 12 ago. 2017.

MACHADO, D. D. P. N.; BARZOTTO, L. D. C. Environment of Innovation in Hospital Institution. Review of Administration and Innovation - RAI, v. 1, n. 1, 2012. Disponível em:. Acesso em: 8 set. 2017.

MATHISEN, G. E.; EINARSEN, S.; MYKLETUN, R. Creative leaders promote creative organizations. International Journal of Manpower, v. 33, n. 4, p. 367–382, 2012. Disponível em:. Acesso em: 29 ago .2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria no 399 de 22 de fevereiro de 2006, 2006. Disponível em:. Acesso em: 27 jul. 2017.

NGOC-TAN, N.; GREGAR, A. Impactos da gestão do conhecimento em inovações em instituições de ensino superior: uma evidência empírica do Vietnã.Economia e Sociologia. 2018. Disponível em: . Acesso em: 25 ago. 2022.

NONAKA, I. Dynamic Theory Knowledge of Organizational Creation. Organization Science, v. 5, n. 1, p. 14–37, 1994. Disponível em:. Acesso em: 19 set. 2017.

NOURY, G. A.; WALMSLEY, A.; JONES, R. B.; GAUDL, S. E. As barreiras do mercado de robótica assistiva - o que inibe a inovação em saúde? Sensores, v. 21, n. 9, pág. 3111, 2021. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2022.

OCDE. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica. Publicado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), 3. ed. 2006. Disponível em:. Acesso em: 15 out. 2021.

ODE, E.; AYAVOO, R. O papel mediador da aplicação do conhecimento na relação entre as práticas de gestão do conhecimento e a inovação da empresa.Revista de Inovação & Conhecimento, v. 5, n. 3, pág. 210-218, 2020. Disponível em: . Acesso em: 26 de ago. 2022.

POGHOSYAN, L.; LIU, J.; NORFUL, A. A. Nurse practitioners as primary care providers with their own patient panels and organizational structures: a cross-sectional study. International journal of nursing studies, v. 74, p. 1-7, 2017. Disponível em:. Acesso em:07set. 2022.

POPADIUK, S.; CHOO, C. W. Innovation and knowledge creation: How are these concepts related? International Journal of Information Management, v. 26, n. 4, p. 302–312, 2006. Disponível em:. Acesso em: 30 set. 2017.

PORTER, M. E.; TEISBERG, E. O. Repensando a saúde: estratégias para melhorar a qualidade e reduzir os custos. Porto Alegre: Bookman, 2007.

RODRIGUES, C. S. S.Gestão de pessoas na administração pública estadual: verificar e mensurar a satisfação e o engajamento de funcionários em uma Secretaria de Estado do Maranhão. 2020. Disponível em:. Acesso em: 26 ago. 2022.

RODRIGUES, A. F. C.; VELOSO, A. L. DE O. M. Confiança organizacional, risco e criatividade. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 15, n. 49, p. 545–561, 2013. Disponível em:. Acesso em:14 ago. 2017.

SANDERS, K.; SHIPTON, H. The relationship between transformational leadership and innovative behaviour in a healthcare context: a team learning versus a cohesion perspective. European Journal International Mangement, v. 6, n. 1, p. 83–100, 2012. Disponível em:. Acesso em: 12 set. 2017.

SHANKER, R.; BHANUGOPAN, R.; VAN DER HEIJDEN, B. I.; FARRELL, M. Organizational climate for innovation and organizational performance: The mediating effect of innovative work behavior. Journal of Vocational Behavior, v. 100, p. 67–77, 2017. Disponível em:. Acesso em: 14 set. 2017.

SIEGEL, S. M.; KAEMMERER, W. F. Measuring the perceived support for innovation in organizations. Journal of Applied Psychology, v. 63, p. 553–562, 1978. Disponível em:. Acesso em: 30 set. 2017.

SILVA, T. C.; BURGER, F.Aprendizagem organizacional e inovação: contribuições da Gestão do Conhecimento para propulsionar um ambiente corporativo focado em aprendizagem e inovação.Navus: Revista de Gestão e Tecnologia, v. 8, n. 1, p. 7-19, 2018. Disponível em:. Acesso em: 23 ago. 2022.

SILVA, R. T.; TODA, F. A.; SALDANHA, J. A. V. Análise de uma inovação à luz da teoria de Nonaka e Takeuchi. XL EnANPAD. Anais...2016. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2017.

SOARES, B. F. C. Cultura organizacional, modelos de gestão e inovação em hospitais de ensino: estudo de caso–Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. 2022. Disponível em:. Acesso em: 03 set. 2022.

SOUSA, J. C.; BORCHARDT, M.; ALVES, M.B.; NOGUEIRA, E. O. Diretrizes para a Implantação de Inovações em Organizações Hospitalares. BBR. Brazilian Business Review, v. 19, p. 331-350, 2022. Disponível em:. Acesso em: 27 ago. 2022.

SOUZA, D. D.; TODA, F. A.O processo de adoção da inovação: um estudo sobre o projeto de adoção da logística enxuta na Thyssenkrupp Cia Siderúrgica do Atlântico. São Paulo. EnANPAD. 2019. Disponível em: . Acesso em 16 ago. 2022.

TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.

TEECE, D. J. Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic management journal, v. 28, n. 13, p. 1319-1350, 2007.Disponível em:

TEECE, D. J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic Capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7, p. 509–533, 1997. Disponível em:. Acesso em: 18 set. 2017.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITTI, K. Gestão da Inovação. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.

TODA, F. A.; SILVA, J. F.; ROCHA, A. Inovação em Organizações de ensino: fatores contribuintes e desempenho. FACES: Revista de Administração, 2015. Disponível em:. Acesso em: 19 jul. 2017.

VAN DE VEN, A. H. Central Problems in the Management of Innovation. Management Science, v. 32, n. 5, p. 590–607, 1986. Disponível em:. Acesso em: 5 set. 2017.

VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

WENG, R. H.; HUANG, C. Y.; CHEN, L. M.; CHANG, L. Y.Exploring the impact of transformational leadership on nurse innovation behaviour: A cross-sectional study. Journal of Nursing Management, v. 23, n. 4, p. 427–439, 2015. Disponível em:. Acesso em: 10 set. 2017.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.




DOI: https://doi.org/10.22408/reva7020221382119-139

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Flag Counter

Revista Valore 
ISSN: 2525-9008