COLETIVO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS NA UFRRJ: NARRATIVAS EMANCIPATÓRIAS

Resumo

A Inclusão na Educação Superior ainda enfrenta grandes desafios para ser realidade no Brasil, principalmente para pessoas com necessidades educacionais específicas. Um grupo de universitários com deficiência formou Coletivo de Pessoas com NEE para lutar por seus direitos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Este trabalho objetiva investigar o que estes universitários com deficiência, representados pelo Coletivo, pensam sobre a inclusão na educação superior, e como se organizam coletivamente na universidade. Na revisão teórica está ancorada na abordagem da Psicologia das Minorias Ativas e a Psicologia Cultural para compreender o movimento estudantil em formação. Como metodologia de pesquisa utilizamos o método de análise da narrativa, a partir de dados coletados junto a 3 membros da executiva do Coletivo, documentos referentes à IFES e ao Coletivo, fotos, mensagens digitais e reportagens sobre o tema. A análise dos dados apontou que: i) A inclusão é pensada pelos sujeitos da pesquisa como direito de todos, ii) As demandas levantadas são apontadas nas leis educacionais brasileiras como atribuição das IFES, iii) A criação do grupo apresenta-se como um exemplo de emancipação da Minoria Ativa; iv) O grupo está em movimento de organização com ações já executadas e outras serem realizada envolvendo além dos próprios membros, simpatizantes e parceiros institucionais. Na intersubjetividade, eles constituíram um novo discurso, e buscam novos significados para a trajetória acadêmica. Assumem uma identidade coletiva, e passam a exercer influência social mais forte. O Coletivo PNE construiu o reconhecimento social e um canal de diálogo com a instituição.

Palavras-chave: Educação Superior. Inclusão de Pessoas com Deficiência. Minorias Ativas. Influências Sociais. Negociação de Sentido.