ESTUDO COMPARATIVO DE ESPÉCIES COMERCIALIZADAS NA ILHA DE MOSQUEIRO, BELÉM - PA

Francisca Brenda Araújo da Silva, Henrique Miguel de Lima Silva, Conceição de Nazareth de Oliveira Bezerra, Rayanne de Kassia Carvalho Salimos, Alessandra Silva de Assis

Resumo


A região Norte possui um grande potencial pesqueiro e em sua maioria já é usado. A ilha de Mosqueiro, por exemplo, é uma das principais abastecedoras de pescado no estado do Pará, além de exportar para variados países, incluindo a China. Nessa região, especificamente no estado do Pará, há uma grande produção de pescado, seja para abastecer o mercado interno ou externo. Algumas famílias a utilizam para sobrevivência, como os ribeirinhos. A pesca, responsável pelo sustento das famílias que ocupam as margens desse rio, é uma prática tradicional transmitida por gerações. A Ilha de Mosqueiro localiza-se geograficamente entre as coordenadas 01° 04’ a 01° 14’ de latitude sul e 48° 19’ a 48° 29’ de longitude oeste de Greenwich, com altitude média de 15 metros acima do nível do mar. Uma área de aproximadamente 212 km² de extensão, é a maior das 39 ilhas que, juntamente com a área continental, compõem o munícipio de Belém, capital do Estado do Pará, distante apenas 44,5 km de Belém. Os dados coletados foram digitalizados, organizados em uma matriz sendo representados por linhas e nas colunas suas respectivas variáveis descritivas. Posteriormente, receberam tratamento estatístico com auxílio do programa Excel 10. Os pescados foram analisados considerando o espaço-temporal, espécies capturadas/consumidas (kg), sazonalidade, diversidade e frequência in loco. Do total foram aplicados 65 questionários, sendo 30 de perfil socioeconômico dos consumidores de peixe no distrito de Mosqueiro e 35 com relação às espécies mais consumidas e o custo das mesmas nos períodos de Junho de 2017 e Janeiro de 2018, períodos esses considerados com diferenças na sazonalidade.Com isso, foram analisadas a frequência de consumo de peixe, qual o pescado de preferência e qual a preferência de peixe consumida. Com relação à frequência de consumo, observou-se que 50% consomem pescado duas vezes por semana, seguido por aqueles que consomem apenas uma vez por semana (23%). Observou-se também que algumas espécies possuem seu valor comercial alterado em ambos os períodos, sendo as espécies mais caras de junho a Dourada e as Pescadas. Em janeiro manteve-se esse parâmetro e o camarão teve uma alta no seu preço.


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Referências


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DOI: https://doi.org/10.22408/reva30201849153-61

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Revista Valore 
ISSN: 2525-9008