O CORPO ENQUANTO EXPERIÊNCIA POSSÍVEL EM DANÇA-EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva4020196831-13Resumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância de se repensar as práticas pedagógicas em Dança em outra perspectiva para que esse conhecimento contribua no desenvolvimento de uma consciência corporal-espacial dentro da escola, por parte dos alunos. Para tal investigação, serão abordados relatos de experiências vivenciadas em uma Escola Federal do Rio de Janeiro, em um Programa de Pós-Graduação em mesma cidade e em uma Escola Municipal de Porto Real. A partir de intervenções nessas três instituições, o conceito de corpo enquanto experiência em Bondía (2002) e Bolsanello (2005) foram explorados no Ensino da Dança. A proposta deste artigo surgiu a partir das experiências realizadas na disciplina Tópicos Especiais: Corpo, Espaço e Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ do qual a pesquisadora cursou como aluna externa. Nesta disciplina foi realizada a investigação de vivências práticas que articulassem os conceitos de corpo com o projeto de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Mestrado da pesquisadora. Trata-se de um relato de experiências cuja metodologia utilizada foi a do tipo Pesquisa-Ação, de abordagem qualitativa e a coleta foi realizada a partir de documentos que regem a organização curricular nacional, registros de imagem e rodas de conversa. Por meio da triangulação dos dados obtidos, os resultados da investigação revelaram que o corpo enquanto experiência é uma abordagem capaz de proporcionar uma aprendizagem significativa, por respeitar e explorar as singularidades presentes nos corpos dos estudantes. Este relato, apoiado no referencial teórico, apresenta uma estratégia pautada no desenvolvimento de um corpo-presente, ressignificado dentro de um espaço-território de convivência a ser explorado, neste caso, a escola.
Palavras-chave: Dança-Educação; Corpo enquanto experiência; Educação Somática; Ensino de Dança.
Downloads
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Linguagens_Arte_ Ensino Fundamental, p. 193-207, Brasília, 2017
BOLSANELLO, D. Educação somática: o corpo enquanto experiência. Motriz, Rio Claro, v.11 n.2 p.99-106, mai./ago, 2005.
BONDÍA, J., L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. 2002, n.19, pp.20-28.
DOMENICI, E. O encontro entre dança e educação somática como uma interface de questionamento epistemológico sobre as teorias do corpo. Revista Pro-Posições, Campinas, v. 21, n. 2 (62), p. 69-85, maio/ago, 2010.
LABAN, R. Domínio do movimento. 3 ed. São Paulo: Summus, 1971.
LABAN, R. Dança educativa moderna. Trad. Maria da Conceição Parayba Campos. São Paulo: Ícone, 1990.
MARQUES, I. A. Dançado na escola. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
MILLER, J. O corpo presente: uma experiência sobre Dança-Educação. Revista Educação Temática Digital, Campinas, SP, v.16, n.1, p.100-114, jan./abr., 2014. Disponível em: http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/article/view/6172. Acesso em 30 Abr. 2019.
NUNES, C. Dança, terapia e educação: Caminhos cruzados. In.; CALAZANS, J.; CASTILHO, J.; GOMES, S. Dança e educação em movimento. São Paulo: Cortez, 2003.
SCARPATO, Marta Thiago. Dança Educativa: Um fato nas escolas de São Paulo. Caderno Cedes, Campinas, ano XXI, n. 53, p. 57-68, abril de 2001.
SOUZA VIEIRA, M. Abordagens Somáticas do Corpo na Dança. Rev. Bras. Estudos e Presença, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 127-147, jan./abr. 2015.
STRAZZACAPPA, Márcia. A educação e a fabrica de corpos: A dança na escola. Caderno Cedes, Campinas, ano XXI, nº53, abril de 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.