A GOVERNAMENTALIDADE DO CURRÍCULO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.22408/reva602021845734-745Resumo
O objetivo desse trabalho é analisar de que modos o currículo de Ciências atua como ato de governo na Educação Infantil. Partimos de uma perspectiva pós-crítica a partir da análise do discurso de Foucault, de leituras e fichamentos e de um estudo de caso numa escola que se intitula como de educação democrática e integral. O presente trabalho foi desenvolvido durante a disciplina Concepções e Diretrizes Curriculares no Ensino de Ciências do Mestrado em Educação em Ciências na Amazônia. A discussão construída até aqui nos possibilitou perceber, a partir do currículo de ciências, diversas formas de ver, dizer e sentir a ciência dentro desta escola, e sua atuação como forma de governamento das pessoas.
Palavras Chave: Currículo. Ensino de Ciências. Governamentalidade.Downloads
Referências
ANDRADE, L. B. P. Tecendo os fios da infância. In:___. Educação infantil: discurso, legislação e práticas institucionais. São Paulo: Editora UNESP, 2010. cap. 2, p. 47-77.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 05, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares para a Educação infantil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 dez. 2009.
CASTRO, E. Vocabulário de Foucault – Um percurso pelos temas, conceitos e autores. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
CHASSOT, A. Alfabetização cientifica: questões e desafios da educação. 4. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2006.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências fundamentos e métodos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
FISCHER, R. M. B. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, Rio Grande do Sul, n.114, p. 197-223, nov. 2001.
FOUCAULT, M., 1926-1984. Segurança, território, população: curso dado no College de France (1977-1978) / Michel Foucault; edição estabelecida por Michel Senellart sob a direção de Francois Ewald e Alessandro Fontana; tradução Eduardo Brandão; revisão da tradução Claudia Berliner. São Paulo: Martíns Fontes, 2008.
FRANCISCO, A. L. Governamentalidade e psicagogia filosófica: um estudo sobre a problemática do governo como eixo entre as reflexões empreendidas por Michel Foucault na passagem da década de 1970 àquela de 1980. In: JUNIOR, A. B.; SEVERO, C. G. (Orgs). Foucault e as linguagens. Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 2018.
GOODSON, I. Currículo, narrativa e futuro social. Revista brasileira de educação, v.12, n.35, mai.-ago. 2007.
KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo Perspec. [online], v.14, n.1, p. 85-93, 2000.
MOTA, M. R. A. As crianças de seis anos no ensino fundamental de nove anos e o governamento da infância. 2010. Tese (Doutorado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Porto Alegre, 2010.
PARAÍSO, M. A. P. (org). Pesquisas sobre currículos e culturas: temas, embates, problemas e possibilidades. 1. ed. Curitiba: Editora CRV, 2010.
PARAÍSO, M. A. Metodologias de Pesquisa pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, Dagmar Esterman; PARAÍSO, M. A. (org.). Metodologias de pesquisa pós-crítica em educação. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014. p. 17-44.
VEIGA-NETO, A.; SARAIVA, K. Educar como arte de governar. Currículo sem Fronteiras, v.11, n.1, p. 5-13, jan.-jun. 2011.
WARSCHAUER, C. Uma visão ampliada de ciência. In:___. A roda e o registro: uma parceria entre professores, alunos e conhecimento. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017. p. 25-35.
YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e método. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
