Comportamentos masculinos não são suficientes: estereótipos de gênero e formação de guetos profissionais para gays e lésbicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22408/reva802023716e-8013

Resumo

Este trabalho discute a relação entre estereótipos de gênero e guetos profissionais para gays e lésbicas. Estudos nessa temática abrangem debates sobre a divisão sexual do trabalho e desigualdades de gênero, que culminam em preconceito e discriminação. Do mesmo modo, torna-se relevante compreender como se pauta a escolha profissional de gays e lésbicas, e como está relacionada às suas identidades de gênero. A pesquisa, de caráter qualitativo e de natureza descritiva, adotou o método estudo de caso. Foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas com 7 gays (3 com comportamento feminino e 4 com comportamento masculino) e 8 lésbicas (4 com comportamento feminino e 4 com comportamento masculino). Os dados mostraram que os guetos profissionais tendem a se formar acompanhando as identidades de gênero de gays e lésbicas apenas quando se expressam como ser feminino. Comportamentos masculinos não garantem para gays ou lésbicas acesso às funções hegemonicamente ocupadas por homens.

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Biografia do Autor

Érica Lima Souza, PUC Minas

Doutoranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica, BH/MG

Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2019). Especialização em Mídias Sociais pela Universidade Aberta de Minas Gerais (2017). Graduada em Comunicação Social pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006).

 

Fernanda Versiani de Rezende, Centro Universitário Unihorizontes

Pós-doutoranda em Administração no Centro Universitário Unihorizontes. Doutora em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) com ênfase em Relações de Trabalho e Recursos Humanos. Professora do Centro Universitário Unihorizontes. Há dois anos consecutivos líder do tema 3, no EnGPR, intitulado: Trabalho e questões de gênero: desafios contemporâneos. Membro do projeto de pesquisa CNPq 2018 intitulado como: Trabalhadores Imigrantes, Mulheres e LGBTs: desafios para as Relações de Trabalho ? Estudos em mercados de trabalho do Brasil, Argentina, México, EUA, Irlanda e Inglaterra. Avaliadora de periódicos na área de Recursos Humanos. Membro do grupo de pesquisa: Núcleo de Relações de Trabalho e Tecnologias de Gestão (NURTEG) - Centro Universitário Unihorizontes. Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Recursos Humanos (RH) e Relações de Trabalho (RTs) - NERHURT. Professora visitante da Academia da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (2018). Graduada em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Newton Paiva (2009). Especialista em Gestão Estratégica de Marketing. Mestra em Administração pela PUC-Minas (2016).

 

Antônio Carvalho Neto, PUC Minas

Doutor em Administração pela UFMG (1999), com doutorado sanduíche no Instituto de Economia da UFRJ e no IUPERJ. Mestre em Administração pela UFMG (1995). Especialista em Relações de Trabalho pelo Queen Mary College da London School of Economics (1990).

Carolina Maria Mota Santos, PUC Minas

Doutora em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / Fundação Dom Cabral (2012). Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / Fundação Dom Cabral (2007). Pós graduada em Docência do Ensino Superior (2001) e Especialização em Novas Tecnologias em Educação e Treinamento (2002). Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2000). 

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Publicado

2023-03-24

Edição

Seção

Fluxo Contínuo (Art. Originais/Revisão)