Uso e ocupação do solo e qualidade da água do rio Crato no município de Humaitá-AM, Brasil

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DOI:

https://doi.org/10.22408/reva502020447e-5040

Resumo

Os recursos hídricos vêm sendo degradados de forma exponencial, principalmente, em locais próximos a áreas urbanas, onde os poluentes depositados ultrapassam a capacidade de suporte dos mananciais. Esse estudo avaliou o uso do solo e a qualidade da água do Rio Crato, no sul do estado do Amazonas. A classificação do uso do solo foi realizada em 2014 e 2019, e a amostragem de água foi realizada no período seco e chuvoso em 2019. Foram realizadas análises de parâmetros físico-químicos e biológicos com intuito de aplicar o Índice de Qualidade da Água-IQA, e comparar os resultados das análises com parâmetros de qualidade estabelecidos na legislação vigente. Os resultados obtidos mostram que o avanço da área urbana sobre o corpo hídrico tem prejudicado sua qualidade, uma vez que foram observadas altas concentrações de fósforo, nitrogênio e coliformes termotolerantes no ponto de amostragem P1, que associados contribuíram negativamente para que esse local se enquadrasse com IQA “ruim”. Já os demais pontos, a dissolução e autodepuração dos poluentes contribuíram para um IQA “aceitável”. As informações levantadas podem servir de base para avaliações futuras de mudanças na qualidade da água, visto que a bacia hidrográfica é a principal área de expansão no município.

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Biografias Autor

Mariano Vieira dos Santos, Mestrando em Agricultura e Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA) na Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Técnico em Informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM Campus - Lábrea; Graduado em Engenharia Ambiental, no Instituto de Educação Agricultura e Ambiente - IEAA da Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Atualmente é mestrando em Agricultura e Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA) na Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, campus Araras; Integrante do Grupo de Pesquisa Agricultura & Ambiente - AA

Jorge Almeida de Menezes, Universidade Federal do Amazonas -UFAM

Bacharelado em Química pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Pós-Graduação Lato Sensu em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Rondônia - UFRO. Mestrado em Química Analítica pela Universidade Federal do Amazonas. Doutor em Física Ambiental pela Universidade Federal do Mato Grosso. Experiência em estudos de INTERAÇÃO BIOSFERA ATMOSFERA com ênfase em ANALISE E MODELAGEM DE PROCESSOS ECOFISIOLÓGICOS. Desenvolvimento Regional - Suframa - Coordenação de Articulação Tecnológica - CGTEC, Análise e Coordenação de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. Coordenador do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID-Química no Sul do Amazonas. Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais-PPGCA, Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências e Humanidades-PPGCH. Professor de Química do Instituto de Educação Agricultura e Ambiente de Humaitá da Universidade Federal do Amazonas.

Diogo André Pinheiro da Silva, Universidade Federal do Amazonas -UFAM

Possui graduação em Engenharia Ambiental pelo Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IEAA / UFAM (2015). Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais - SMARH/UFMG (2017). Tem experiência na área de meio ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: Caracterização, prevenção e controle da poluição, aproveitamento de resíduos orgânicos, recuperação de solos degradados.

Miqueias Lima Duarte, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Doutorando em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp. Pesquisador do grupo Agricultura e Ambiente - UFAM, Campus Vale do Rio Madeira. Membro do grupo de pesquisa LABCART - UNIR. Atuou como professor temporário pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Alcione Campos Floresta, Universidade Federal do Amazonas -UFAM

Graduada em Engenharia Ambiental pela Unviversidade Fderal do Amazonas - UFAM

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Publicado

2021-01-07

Edição

Secção

Fluxo Contínuo (Art. Originais/Revisão)