"Somos mais sofridas do que marginais”: A mulher Negra do Mercado de Trabalho

Autores

  • Renan Gomes de Moura UNIGRANRIO

DOI:

https://doi.org/10.22408/reva32201868539-556

Resumo

Resumo

Em toda a trajetória profissional das mulheres elas são fontes de comentários sobre suas capacidades profissionais, embora sigam velhos paradigmas como: “Elas nasceram para lavar, passar, e serem mães”. O presente trabalho adotou a suposição que a mulher negra sofre preconceito racial no mercado de trabalho. O objetivo final consistiu em analisar se a mulher negra sofre preconceito racial e de gênero no mercado de trabalho. É possível compreender que a mulher negra tem a necessidade de comprovar ser mais eficiente, pois quando se fala de profissional negro para a sociedade é sinônimo de falta de experiência e ter que demonstrar ser mais capaz. A raça então se torna sinônimo de falta de habilidade, ou seja, a sociedade exige muito mais das mulheres negras. Ainda na atualidade, as mulheres negras continuam à margem da sociedade tendo que provar todos os dias seu potencial para exercer funções com maior visibilidade no mercado.

Palavras-chave: Mulher negra. Mercado de Trabalho. Preconceito.

Abstract

In all the disciplines of women, they are important sources of comments about their organizations, "acronyms follow old paradigms": "They were born to wash, pass, and be mothers." The present paper adopted the assumption that black women suffer from racial prejudice in the labor market. The ultimate goal was to examine whether black women suffer racial and gender bias in the labor market. It is possible to notice that she is a black woman with a need to prove to be more efficient, because when speaking of black professional to a society is synonymous with lack of experience and having to demonstrate to be more capable. Race then becomes synonymous with lack of skill, that is, a society demands much more from black women. It is still not current, as black women are still on the margins of society and have to prove their potential every day to practice the functions with greater visibility in the market.

Key-words: Black Woman. Labor Market. Prejudice.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Renan Gomes de Moura, UNIGRANRIO

Administrador (Centro Universitário Geraldo Di Biase, 2012), Especialista em Gestão de Competências e Talentos Humanos (Centro Universitário Geraldo Di Biase, 2014) e Mestre em Administração pela Universidade do Grande Rio (2017). Atua na área de Estudos Organizacionais com foco nos seguintes temas: diversidade, gênero, sexualidade, feminilidades e masculinidades, identidade, recursos humanos, dominação no trabalho e estudos críticos. Tem interesse também em estudos relacionados à Teorias Organizacionais

Referências

ANDRADE, Danúbia. Da senzala à cozinha: Trajetória das personagens negras na telenovela brasileira. I Encontro dos Programas de Pós-graduação em Comunicação de Minas Gerais. UFJP, 2008

ALMEIDA, André Luiz Paes. Direito do trabalho: Material processual e legislação especial. São Paulo. Ed. Rideel, 2008.

AQUINO, E.M.L.; MENEZES, G.M.S.; MARINHO, L.F.B. Mulher, Saúde e Trabalho no Brasil: Desafios para um Novo Agir. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v11n2/v11n2a11.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2009.

BENTO, Maria Aparecida da Silva. A mulher negra no mercado de trabalho. Revista Estudos Feministas. Ano 3.

BORGES, Virgínia; PREDES, Rosa. Serviço social: Temas em debate. Maceió: Editora Edufal, 2002.

BRAZIL. Ério Vital; SCHUMAHER, Schuma. Mulheres negras no Brasil. Rio de Janeiro: SENAC Editoras, 2007.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, v.17, n° 4, Set./Dez. 2003.

CHINOY, Ely. Sociedade – uma Introdução a Sociologia. São Paulo: Editora Cultrix, 1969.

COELHO, Maria José H.; WERLE, Sandra. A mulher negra no mercado de trabalho. Rev. Em observatório social, ano 2, nº 5, março 2004.

DIDONÉ, Iraci Maria; FERNANDES, Francisco de A.M.. Trabalho: Aspirações e realidade. São Paulo: Editora Loyola, 1991.

FRAGGIONATO, Denise, GUELFI, Cristina e MOLINA, Vera Lúcia Inácio. Caderno de Pesquisa em Serviço Social. São Paulo: Editora Biblioteca 24 Horas, 2009.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Preconceito e discriminação. São Paulo: Editora 34, 2004.

MARIANO, Ana Salles; MESERANI, Samir Curi. Para uma visão reflexiva da violência: Guia temático da videoteca PUC-SP. São Paulo: Editora Educ, 2001.

MENDONÇA, Armando Carneiro de. Vi li e ouvi – Crônica IV. Brasília: Editora Thesaurus, 2008.

PICAZIO, Claudio. Sexo secreto: Temas polêmicos da sexualidade. São Paulo: Edições GLS, 1999.

PROBST, E.R. A Evolução da mulher no mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.icpg.com.br/artigos/rev02-05.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2009.

SANTOS, PE. Anízio Ferreira dos. Eu negro. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

SANTOS, Walkyria Chagas da Silva. A mulher negra brasileira. Revista África e Africanidades – Ano 2 - n. 5 - Maio. 2009.

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, 2008.

SILVÉRIO, Valter Roberto. Educação como prática da diferença. São Paulo: Editora Armazém do Ipê, 2006.

VERÍSSIMO, Silvana. Mulheres negras brasileiras o passar do tempo, da barbárie da escravidão a atoras sociais. Florianópolis: Editora Fazendo Gênero, 2008.

Publicado

2018-12-31

Como Citar

Moura, R. G. de. (2018). "Somos mais sofridas do que marginais”: A mulher Negra do Mercado de Trabalho. Revista Valore, 3(2), 539–556. https://doi.org/10.22408/reva32201868539-556

Edição

Secção

Artigo Original