NARRATIVAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS: COMPROMISSO DE QUEM, COM QUEM E PARA QUEM?

Caroline Vieira de Campos G Santos, Edneusa Lima Silva, Valéria Marques de Oliveira

Resumo


O presente trabalho é fruto de questionamentos cotidianos realizados pelas autoras que atuam diretamente no universo escolar tanto na coordenação da educação inclusiva com alunos do ensino fundamental, quanto no ensino superior em instituições públicas e particulares de ensino. Tem por finalidade problematizar a prática inclusiva no universo escolar levando o cenário legal da inclusão. Reconhecendo que o movimento pela garantia de direitos essenciais a todos ainda é recente no Brasil e que, pensar em direitos de todos e para todos historicamente é travado por pressões sociais, sejam elas, conservadoras ou emancipadoras, ainda vivemos um período de transformações em prol da inclusão educacional. As políticas públicas educacionais cumprem uma função ideológica clara na manutenção da ordem capitalista e, que no período em que a presença de pessoas com deficiência e ou necessidade educacionais especiais representava um obstáculo à acumulação do capital, criaram-se as bases para que estas fossem mantidas à margem do convívio social, consequentemente, as instituições especializadas foram de grande serventia cumprindo com a função que lhes foi destinada para receber esses sujeitos excluídos. O avanço legislativo foi alcançado com a militância e o amadurecimento social democrático.

Palavras-Chave: Inclusão Educacional. Compromisso Social. Exclusão. Prática Inclusiva

Texto completo:

PDF

Referências


AINSCOW, M. Desarrollo de Sistemas Educativos Inclusivos. The University of Manchester. San Sebastian. 2003. Disponível em . Acesso em Junho de 2016.

ASSMANN, Hugo; MO SUNG, Jung. Competência e sensibilidade solidária: educar para a esperança. Petrópolis: Vozes, 2000.

BRASIL. Lei nº. 8.069, de 13 de Julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília/DF.

_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília/DF.

_______. Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília/DF.

_________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: Acesso em 23 de Julho de 2016.

_______. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado e dá outras providências.

_______. Lei nº 13.146/15, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <> Acesso em 15 de Julho de 2016.

_______. Portal Brasil do Ministério da Educação - MEC – Brasília – DF - 2016. Disponível em Acesso em 27 de julho de 2016.

DANTAS, V. M. C. S. Narrativas de vida das mulheres com deficiência: lutas e conquistas no contexto social. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos). Desafios Atuais dos Feminismos. Florianópolis, 2013. ISSN 2179-510X. 16 a 20 de setembro de 2013. Disponível em . Acesso em maio de 2019.

DIAS, A. Por uma genealogia do capacitismo: da eugenia estatal a narrativa capacitista social. Anais do I Simpósio Internacional de Estudo sobre a Deficiência. Memorial da Inclusão. SePPcD/Diversitas/USP Legal. SP, junho 2013. Disponível em . Acesso em junho de 2019.

LEHER, R. Educação no capitalismo dependente ou exclusão educacional? In: MENDONÇA, S. L. G.; SILVA, V. P.; MILLER, S. Marx, Gramsci e Vygotsky: Aproximações. 2ª ed. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, 2012. p. 223-252.

LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis. Florianópolis v. 10 n. esp., p. 37-45, 2007. Disponível em . Acesso em janeiro de 2016.

MADEIRA, M. C. Representações Sociais e Educação: importância teórico - metodológica de uma relação. Representações Sociais: Teoria e Prática – Antonia Silva Paredes Moreira. João Pessoa: Editora Universitária. Autor Associado, 2001. 464p.

MAIOR, I. M. M. L. A política de inclusão da pessoa com deficiência como questão de direitos humanos. Revista Científica de Direitos Humanos. v.1, nº1. p. 105-131. 2018. Disponível em Acesso em janeiro de 2019.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MARQUES, V.; NAIFF, L. A. M.; SILVA, E. L. Escola: lugar para alguns ou para todos? In: MARQUES, Valéria, MELO, Rosane Braga de. Psicologia e Educação: conexões e diálogos. Seropédica/RJ. Editora da UFRRJ. 2013 – p. 95-107.

MAZZOTTA, M. J. S.; D’ANTINO, M. E. F. Inclusão Social de Pessoas com Deficiências e Necessidades Especiais: cultura, educação e lazer. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.2, p.377-389, 2011.

MELETTI, S. M. F. O relato oral como recurso metodológico de pesquisa em educação especial. In: Maria Cristina Marquezine; Maria Amélia Almeida; Sadao Omote. (Org.). Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Editora UEL, 2003, v. 01, p. 01-10.

MELETTI, S. M. F. Diferenças e diferentes: aspectos psicossociais da deficiência. In: MELETTI, S. M. F.; KASSAR, M. C. M. (Org.). Escolarização de Alunos com Deficiências - Desafios e Possibilidades. 1ed.Campinas SP: Mercado de Letras, 2013, v. 1, p. 4-18.

MELLO, G. N. Políticas públicas de educação. Síntese dos trabalhos realizados pelo Grupo Estudos de Políticas Públicas de Educação. Estudos Avançados (5)13, 1991. Disponível em acesso em 31 de julho de 2016.

MENDES, R. H. Superação coletiva. Folha de São Paulo. 17/04/2017. Disponível em . Acesso em maio de 2019.

PADILHA, A. M. L. “Ensino inclusivo”: uma expressão incorreta. MARQUEZINE, M. C. (org.). Re’ discutindo a inclusão. Londrina: ABPEE, 2009, p. 5-20.

PINA, L. D. Sociedade inclusiva: a face aparente do capitalismo em uma nova fase. Revista Digital do Paideia. Vol. 2, nº 1, Abr.Mai. 2010.

SANTOS, J. M. T. Ensino Religioso e a Educação para a Solidariedade. São Bernardo do Campo, 2007. Dissertação de Mestrado. Universidade Metodista de São Paulo. Disponível em acesso em 10 de julho de 2016.

OLIVEIRA, V. M.; SATRIANO, C. R. Narrativa, subjetivação e enunciação: reflexões teórico-metodológicas emancipatórias. Linhas Críticas [enlinea] 2014, 20 (Mayo-Agosto): Disponível em:. Acesso em 22 de julho de 2016. ISSN 1516-4896.

VIZIM, M. Educação inclusiva: o avesso e o direito de uma mesma realidade. In: SILVA, S.; VIZIM, M. (Orgs.). Políticas públicas: educação, tecnologias e pessoas com deficiências. Campinas: Mercado das Letras/Associação de Leitura do Brasil, 2003. p. 49-71.




DOI: https://doi.org/10.22408/reva50202040263-77

Métricas do artigo

Carregando Métricas ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Flag Counter

Revista Valore 
ISSN: 2525-9008